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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CAMPANHA NAS IGREJAS, UMA FORMA DE BARGANHAR COM DEUS?

Há 25 anos deixei o catolicismo romano e me tornei evangélico, membro da Assembléia de Deus. Igreja que amo e respeito pela maneira como a liderança se preocupa em preservar a doutrina e os bons costumes que realmente fazem a diferença na vida daqueles que foram chamados e escolhidos para realizar a obra missionária.

Ao longos destes anos, aprendi com meus professores de escola dominical e pastores que a verdadeira adoração a Deus, provém de um coração contrito e especialmente agradecido pelo grande amor com que Deus revelou por nós na pessoa de seu filho Jesus. A bíblia também me ensina que a obediência é muito melhor que qualquer outro tipo de sacrifício (1Sm 15.22), acompanhada da minha fé, pela qual, sem ela, eu jamais poderei agradar a Deus (Hb 11.6).

Não somos melhores que ninguém, mas eu e minha família aprendemos a servir a Deus dessa maneira e, faça sol ou faça chuva, estamos sempre alegres trabalhando na seara do Mestre e por Ele, sendo recompensados, pois digno é o obreiro de seu salário (Lc 10.7). Contudo, algo me deixa um pouco triste e até mesmo constrangido, quando observo dentro de minha própria igreja, crentes desprovidos de qualquer sentimento de gratidão ao Senhor e que vão à igreja como se fosse uma mera obrigação ou um ritual.

Na Escola Dominical e nos cultos de oração é contado o número de crentes que participam. Ainda que convidemos e os incentivemos, sempre é aquela minima porcentagem que sempre vem, porque também aprendeu o que é ser um verdadeiro adorador. Esse pequeno número tem aprendido que um coração quebrantado e contrito não é por Deus desprezado.
Estou falando isso, porque agora, quero me referir as "campanhas" que são realizadas nas nossas igrejas, como uma maneira de atrair os fiéis que não mais frequentam os cultos. E, na verdade funciona, principalmente quando se adota um tema impactante, principalmente voltado a necessidade do povo, como "vitórias", "bênçãos", "quebra de maldições"  e "prosperidade". Os templos lotam, sem quase espaço para os que costumeiramente participam dos cultos. Não sou contra quem faz isso, mas observando que quando termina o período de campanha, tudo volta a ser como era antes e nem mesmo aqueles que foram abençoados voltam para agradecer aquele que os abençoou.

Outro fator que chama a atenção nas campanhas e que os participantes transformam o culto em uma espécie de reunião mística, onde nenhum dos elementos podem ser quebrados, como se a resposta de Deus dependesse de tais artificios humanos. Para isso, atêm-se em passagens bíblicas, geralmente do Antigo Testamento, como a queda das muralhas de Jericó, a vitória de Daví sobre o gigante e etc.
Os articuladores destas campanhas deixam transparecer a idéia de que as bênçãos são imediatas e em consequencias da assiduidade do fiel em não faltar nenhum dia para que a "corrente" não seja quebrada. O salmista dizia: Esperei com paciência no Senhor e Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor (Sl 40.1).
Aprendi que as bênçãos de Deus em nossas vidas não provem de artifícios mecânicos como forma de barganhar com Deus, do tipo "Eu vou fazer a campanha e Deus será obrigado a me abençoar!" Não! Deus é onipotente e Soberano e Ele sabe muito bem o que precisamos. Jesus nos ensinou primeiramente a buscá-las em oração sem jamais esquecer que a vontade de Deus é que tem de prevalecer sobre a nossa, pois Ele sabe o que é melhor para nós, os seus filhos.

Reginaldo Barbosa

sábado, 13 de novembro de 2010

ATEUS LANÇAM CAMPANHA PUBLICITÁRIA CONTRA A BÍBLIA NOS EUA

A Associação Humanista Americana (AHA), que tem anúncios críticos de Deus e do lema nacional, lançou uma campanha nacional terça-feira que desafia diretamente a Bíblia e o Alcorão.
Em seu esforço maior de marketing, AHA planeja gastar pelo menos $ 200.000 na televisão, jornais e anúncios de ônibus promovendo valores humanistas seculares, colocando-os frente a frente com o que o grupo chama de "moral bíblica e Cristianismo fundamentalista."

No ano passado, o grupo colocou anúncios "Sem Deus? Não há problema!”em ônibus para a sua campanha de anúncios nacional de férias. Mas desta vez, o grupo está dando um passo a mais para mostrar "que os valores humanistas seculares são consistentes com a América convencional e que a religião fundamentalista não tem direito de reclamar a superioridade moral."

"Embora a Bíblia possa conter algumas lições valiosas, tem mensagens sobre o ódio e a guerra. Ela ensina o ódio e o fanatismo religioso. Apresenta valores que são a antítese da autoconfiança americana, liberdade individual e igualdade perante a lei," diretor executivo da AHA Roy Speckhardt disse terça-feira em uma conferência de imprensa anunciando a campanha.

A mais recente campanha publicitária da AHA tem sobre temas morais, incluindo as mulheres, a escravatura, a guerra, a homossexualidade, e punição, comparando os versículos da Bíblia e do Alcorão com citações de AHA ou valores humanistas. Em seguida, ele convida os espectadores a "considerarem o humanismo."

Um anúncio sobre a homossexualidade justapõe a escritura de Levítico 20:13 (Nova Versão Internacional), que chama o ato de um homem deitado com outro homem "detestável," com uma resolução AHA afirmando "igualdade sexual" e a legalização do casamento do mesmo sexo.

Um anúncio em vídeo apresenta o renomado ateu Richard Dawkins dando ponto de vista sobre a inteligência. Respondendo a um versículo bíblico de Provérbios 3:5, que convida os crentes a confiarem no Senhor e não se apoiarem em seu próprio entendimento, Dawkins diz que a fé deve ser apoiada por "evidência e lógica" e não por "autoridade, tradição ou revelação."

Citações do Alcorão foram utilizadas em anúncios abordando a resposta humanista à guerra e à violência.

"Estamos levantando a bandeira para os ateus e agnósticos que já são humanistas, mas não sabiam o termo e também não sabem que há uma organização de defesa lá fora, para que eles possam se juntar ao invés de aderir a uma Igreja," disse Speckhardt.

A campanha inclui um spot televisivo da NBC Dateline na sexta-feira e anúncios impressos em jornais de grande circulação, incluindo EUA Today, o Seattle Times, o Atlanta Journal Constitution e do San Francisco Chronicle.

Os anúncios também serão colocados em trens do metrô em Washington, DC, em outdoors, em Idaho, e dentro de ônibus em cidades selecionadas.

No início deste ano, AHA também focou-se no lema nacional e no Dia Nacional de Oração em campanhas de marketing para sua organização. O grupo humanista trouxe outdoors em que se lê "In Good We Trust," em Idaho, em Abril e mais tarde declarou 06 de maio o Dia Nacional da Razão para combater o Dia Nacional de Oração.

Fonte: Christian Post


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ISRAEL, ÓNTEM, HOJE E AMANHÃ; UM EXEMPLO PARA A IGREJA DE JESUS

"Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (1 Co 10.11).

Tudo o que aconteceu em e com Israel foi escrito para servir de exortação à Igreja de Jesus.

Israel ontem

A eleição e escolha de Israel aconteceu única e exclusivamente pela vontade de Deus: "Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.6-8).

Deus, em Sua sabedoria e onisciência, escolheu justamente esse pequeno povo. Ele o libertou com mão poderosa da escravidão no Egito. Em nome do Senhor, Moisés disse a Faraó: "Deixa ir o meu povo, para que me sirva" (Êx 9.1). Por isso Ele lhe deu também Sua Palavra no Sinai: "Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim" (Êx 19.4). A tarefa primordial de Israel era ouvir a Palavra de Deus, para poder fazer Sua vontade: "Então, Deus falou todas estas palavras..." (Êx 20.1). "Ouve, Israel..." (Dt 6.4).

Com que finalidade fomos escolhidos?

Encontramos a resposta em 1 Tessalonicenses 1.9-10: "...deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho..."

Do correto servir faz parte o correto ouvir. Por essa razão, é tão importante ler diariamente a Palavra de Deus. Pois através dela o Senhor fala aos nossos corações, e por meio da oração nós falamos com Ele. Se a Palavra não tem a maior prioridade para nós, então Jesus Cristo também não ocupa o primeiro lugar em nossas vidas, e corremos grande risco de nos tornarmos escravos do espírito de nossa época.

A Palavra de Deus também precisa ter a mais absoluta primazia nas famílias dos crentes. Deus disse a Israel: "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te" (Dt 6.6-7). De que maneira nossos filhos poderão defender-se e ser vitoriosos diante das influências da época em que vivemos, se em seus pensamentos e em suas mentes não estiver gravada a Palavra de Deus? Através da Palavra de Deus o Espírito Santo dá forças para enfrentar o espírito que domina o mundo ao nosso redor. Cada um de nossos filhos precisa, porém, tomar sua própria decisão de obedecer à Palavra de Deus.

Aprendendo de Israel

Em Ezequiel 36 temos diante de nós o Israel de ontem, de hoje e de amanhã. No versículo 16 está escrito: "Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo". Deus falou pessoalmente a Ezequiel. Também nós fazemos bem em dar atenção a essas palavras.

Continuamos lendo: "Filho do homem, quando os da casa de Israel habitavam na sua terra, eles a contaminaram com os seus caminhos e com as suas ações; como a imundícia de uma mulher em sua menstruação, tal era o seu caminho perante mim. Derramei, pois, o meu furor sobre eles, por causa do sangue que derramaram sobre a terra e por causa dos seus ídolos com que a contaminaram" (vv. 17-18). Israel havia sido eleito e escolhido para seguir pelo caminho indicado pelo Senhor. Mas ele andou por seus próprios caminhos e fez aquilo que achava certo segundo seu raciocínio humano. Os israelitas colocaram-se acima da Palavra de Deus e não queriam diferenciar-se dos povos vizinhos. Por isso também adotaram os ídolos estranhos, mesmo sabendo que deveriam servir somente a Deus. Seus pensamentos são expressos de uma maneira muito clara nos dias de Samuel: "...constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe como o têm todas as nações" (1 Sm 8.5). Essa foi e continua sendo, até aos dias de hoje, a grande tragédia de Israel.

Como cristãos renascidos somos chamados, somos "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus", a fim proclamarmos "as virtudes daquele que" nos "chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2.9). Essa é a razão porque não podemos abrir-nos para o espírito que domina tudo ao nosso redor e caracteriza a época em que vivemos. Pelo contrário, para nós vale o que está escrito em Romanos 12.2: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

Se bem que, por terem recebido o Espírito Santo, os crentes da Nova Aliança poderiam evitar os mesmos erros que o povo de Israel cometeu no passado, muitos acabam caindo neles. Com muita facilidade a vontade de Deus é ignorada e deixada de lado. Mesmo nos trabalhos da igreja, muitos deixam-se nortear por aquilo que está de acordo com a razão humana ou combina mais com os sentimentos e as emoções, ao invés de se manterem firmes nas diretrizes claras da Palavra de Deus. Com todo o seu ativismo, o que muitos cristãos buscam é satisfazer o próprio "eu". Por essa razão, Jesus disse palavras muito duras sobre as atividades religiosas meramente humanas: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt 7.21).

Na vida de um cristão neotestamentário ainda podem existir ídolos como aqueles que o povo de Israel adorava? Infelizmente, sim! Tudo aquilo que amamos mais do que Jesus Cristo, tudo que tem valor superior a Ele em nossa vida, é um ídolo. Ídolos em nossas vidas podem ser nossos pais, nosso marido ou esposa, nossos filhos. Será que não devemos amá-los? É claro que sim! Mas somente depois que Jesus tiver ocupado o primeiro lugar em nosso coração, poderemos amar nossos pais, nossa esposa ou esposo, e nossos filhos da maneira correta. Uma bela casa, um automóvel novo, uma conta bancária polpuda e muitas outras coisas podem tornar-se ídolos para nós: "...onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6.21). "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas" (v. 24). Uma coisa exclui a outra.

Mas o ídolo mais difundido entre os crentes é a vontade própria, e quando ela domina, o ídolo está assentado no trono. Todas as coisas passam a girar em torno dele, todos têm de fazer o que eu quero e o que agrada a mim. Entretanto, não existe vida mais feliz e mais cheia de satisfação do que quando buscamos exclusivamente a vontade de Deus.

De Deus não se zomba!

O povo de Israel, por não obedecer à vontade de Deus, foi disperso pelo mundo todo: "Espalhei-os entre as nações, e foram derramados pelas terras; segundo os seus caminhos e segundo os seus feitos eu os julguei" (Ez 36.19). Também aqui aplica-se o que diz a Palavra: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). Desobediência e indiferença para com a Palavra de Deus significam a perda da bênção.

Em Ezequiel 36.20-21 lemos de Israel: "Em chegando às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome, pois deles se dizia: São estes o povo do Senhor, porém tiveram de sair da terra dele. Mas tive compaixão do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi". Também nós ofendemos ao Deus de amor quando não nos comportamos como salvos, quando o nosso andar não condiz com nossa elevada vocação, e quando passamos a adaptar nosso comportamento aos descrentes e aos seus padrões: "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4). João alerta: "...o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente" (1 Jo 2.17).

Israel hoje

O que temos observado nas últimas décadas em Israel e com relação a Israel só pode ser obra da intervenção divina

O que temos observado nas últimas décadas em Israel e com relação a Israel só pode ser obra da intervenção divina: "Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra" (Ez 36.24). Por quê? "...Não é por amor a vós que faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome... Lavrar-se-á a terra deserta, em vez de estar desolada aos olhos de todos os que passam. Então, as nações que tiverem restado ao redor de vós saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas e replantei o que estava abandonado. Eu, o Senhor, o disse e farei" (vv. 22,34,36). O Senhor, em Sua fidelidade, começou a cumprir essas palavras diante de nossos olhos!

Israel amanhã

O que vemos hoje em Israel é apenas uma amostra, pois o Senhor diz: "Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis" (Êx 36.25-27). Pela graça e fidelidade de Deus, Israel tem um futuro maravilhoso diante de si!

Aquilo que está reservado para Israel no futuro já pode ser realidade hoje para todos que abrirem seu coração a Jesus. Deus dá o seu perdão e o Seu Espírito com alegria a quem estiver disposto a confessar seus pecados e a receber o Filho de Deus como seu Salvador e Senhor (veja 1 Jo 1.7-9; Tt 3.4-8). Pelo Seu Espírito, Ele deseja renovar a vida de qualquer pessoa, por mais estragada e perdida que esteja! Ele também quer restaurar os crentes que se deixaram enganar pelo espírito da época e profanaram Seu nome.

O grande anseio de Jesus Cristo era fazer a vontade do Pai. Ele disse: "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra" (Jo 4.34).

Nosso maior desejo

Deus quer ver esse mesmo anseio também na vida de Seus filhos, pois para isso Ele colocou o Espírito Santo em seus corações. Por isso, fazer continuamente a vontade de Deus deveria ser sempre nosso maior anseio. Só então poderemos cumprir a ordem missionária (Mc 16.15-16) e seguir o exemplo de Jesus: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer" (Jo 17.4).

Pelas nossas próprias forças não conseguiremos fazê-lo, mas Ele próprio realiza em nós e através de nós aquilo que Lhe agrada: "porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.13). Precisamos reconhecer o quanto antes nossa própria incapacidade de fazer Sua vontade e nossa total dependência dEle. O Senhor diz: "...sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5).

A promessa direta de Deus a Israel é: "Eu, o Senhor, o disse e o farei" (Ez 36.36). E para cada membro da Igreja de Jesus tem validade as palavras: "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Ts 5.24).

Temos um Senhor maravilhoso, que só planeja o melhor para cada um de Seus filhos. Tenha a coragem de entregar-se completa e totalmente a Ele e de colocar-se inteiramente à Sua disposição. Ele quer fazer o melhor também por você!

 
Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, dezembro de 2000.

O LOCAL DO NASCIMENTO DE JESUS ATRAVÉS DOS TEMPOS

Há aproximadamente dois mil anos, Jesus nasceu em Belém. Por que justamente ali?

Jesus nasceu em Belém não apenas porque o profeta Miquéias profetizou que assim seria, mas porque Belém significa “Casa do Pão”. Em certa ocasião, Jesus disse: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35).

Vamos fazer uma viagem imaginária até Belém. O que aconteceu ali no passado? Como está Belém hoje?
Igreja da Natividade em Belém da Judéia

Belém no século XX

Belém há 55 anos: Israel encontrava-se em plena Guerra da Independência. Era a guerra pela sobrevivência do recém-proclamado Estado judeu. Belém foi ocupada pelo exército jordaniano com o apoio do Iraque, da Síria, do Líbano, do Egito, da Arábia Saudita e do Iêmen.

Belém no século XXI

Belém hoje: Através dos Acordos de Oslo, Belém se encontra sob domínio palestino – exatamente como a Jordânia queria. Assim, Belém faz parte do grupo de cidades da Terra Prometida de onde diariamente partem ameaças terroristas contra Israel.

Belém há três mil anos

Quando nos damos conta de que em árabe a palavra “palestinos” é a mesma que “filisteus”, ou seja, “filastini”, somos lembrados de algo que aconteceu ali há três mil anos: Belém estava ocupada pelos filisteus. O judeu Davi quase se consumia de saudades do lugar onde passara sua infância (2 Sm 23.13-17).

Davi cresceu em Belém. No deserto, ele cuidava dos animais de seu pai defendendo-os de ursos e leões. Davi tinha um dom especial para a música e a poesia hebraica. Através de revelações proféticas, ele sabia que um dia o Messias, o Salvador prometido, viria de sua descendência. Cerca de 1004 anos antes de Cristo, esse pastor de Belém conquistou a cidade de Jerusalém e elevou-a à condição de capital de seu reino. Por essa razão, há algum tempo, Jerusalém celebrou um jubileu muito especial: 3000 anos como capital judaica.

 No Talmude, a mais importante obra teológica para os judeus, está escrito: “Depois dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias o Espírito Santo afastou-se de Israel”.


Belém no início da era cristã
Belém há 2000 anos: uma pequena e idílica cidadezinha situada na orla do deserto da Judéia, distante apenas doze quilômetros da esplendorosa capital Jerusalém. Por sua posição geográfica, Belém era muito apropriada para a criação de ovelhas. O deserto da Judéia é um deserto cheio de vida. Durante nove meses do ano ele fornece alimentação para ovelhas e cabras. No inverno, na época das chuvas, o deserto floresce e os montes se cobrem com um tapete verde. Os arredores de Belém são muito férteis, adequados ao plantio de cereais. Daí provém, provavelmente, o significativo nome de Belém, “Casa do Pão”.

Uma singular história de amor

No final do segundo século antes de Cristo desenrolou-se em Belém a história de amor entre Rute e Boaz, relatada no livro de Rute. Ele era israelita, ela moabita – o que hoje equivaleria a ele ser israelense e ela jordaniana. Será que esse não foi um romance meio complicado? Não, o relacionamento era bom, até muito bom, por uma razão bem definida: Rute, por profunda convicção pessoal, afastou-se da religião de seus antepassados e buscou refúgio sob as asas do Deus de Israel, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Ao se voltar para Deus, ela estava automaticamente aceitando as promessas que o Eterno fizera ao Seu povo Israel. Seu casamento foi abençoado com descendentes, e um de seus netos alcançaria um significado especial na história da humanidade: foi Davi, o maior rei de Israel, que conduziu o povo ao seu apogeu político. O sábio rei Salomão pôde, então, construir seu reino de paz sobre as surpreendentes vitórias militares de seu pai Davi.

Belém na profecia

Belém da Judéia
No oitavo século a.C., Belém ficou no foco das profecias bíblicas. Miquéias, o morastita, anunciou que o Salvador prometido viria da dinastia de Davi e nasceria em Belém: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).

Deus cumpre as profecias apesar da confusão política

Os acordos de Oslo colocaram Belém sob o domínio palestino.

Os profetas de Israel anunciaram antecipadamente centenas de detalhes sobre o Messias. O último profeta do Antigo Testamento foi Malaquias, por volta do ano 400 antes de Cristo. Quando Belém se encontrava debaixo do domínio persa, esse profeta falou mais uma vez do Esperado. Depois dele não houve mais profetas que tenham deixado profecias escritas para o povo de. No Talmude, a mais importante obra teológica para os judeus, está escrito: “Depois dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias o Espírito Santo afastou-se de Israel”. Em 300 a.C., Belém caiu sob domínio grego. No ano 63 a.C. os romanos invadiram a Judéia. Em 40 a.C. o Senado romano nomeou um “jordaniano”, o edomita Herodes, para ser “rei dos judeus”, que governava também sobre Belém. (A pátria dos edomitas encontrava-se originalmente na Jordânia). Mas a espera pelo “Vindouro”, como o Messias é chamado muitas vezes pelo povo de Israel, não terminou. Ao contrário. Ela ficava cada vez mais ansiosa – até que, numa certa noite, mensageiros celestiais proclamaram nos campos de Belém as grandiosas palavras: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-11). Grande alegria porque na “Casa do Pão” finalmente entrava Aquele que tinha autoridade para dizer de si mesmo: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48). Grande alegria mesmo que a pequena cidade judaica continuasse sofrendo debaixo do domínio estrangeiro! Aprendemos daí que o fato único de Deus tornar-se homem é tão grandioso que deixa de lado todos as outras ocorrências, todas as coisas, inclusive os problemas e as preocupações. A alegria espiritual não deve depender das circunstâncias, não deve basear-se em situações, resolvidas ou não, sejam elas políticas ou de natureza pessoal. A vinda de Jesus a este mundo traz consigo uma profunda alegria para todos aqueles que reconhecem que Ele é realmente o Cristo, o Filho de Deus. Sua vinda é a garantia de que Deus também vai cumprir todas as promessas que ainda faltam e de que o plano divino vai se realizar com toda a certeza.

 (Dr. Roger Liebi - http://www.beth-shalom.com.br)