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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O Tabernáculo - Habitação de Deus



Nota do autor: É aconselhável ao leitor acompanhar as linhas seguintes com uma bíblia, conferindo as referências exaustivamente aqui citadas, pois o meu maior cuidado é não ir além daquilo que Deus estabeleceu (Provérbios 30:5,6).

“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles."(Êxodo 25:8)
Deus sempre desejou estar presente entre o seu povo. No princípio, quando Ele criou o homem, o Senhor tinha prazer em estar junto de sua criação, pois a Bíblia diz em Gênesis 3:8 que Deus passeava pelo jardim na viração do dia, o que nos leva a crer que era comum o Senhor está presente no cotidiano do primeiro casal. Mas, infelizmente o pecado da desobediência cortou esse relacionamento e criou uma barreira entre Criador e criatura (Isaías 59:2). Tempos mais tarde Deus escolhe Abraão do meio de um povo gentio e, por intermédio dele forma um povo para si – Israel (Gênesis 12:1-4). Por permissão divina este povo desce ao Egito onde serve como escravo por 430 anos, tendo saído de lá sob o comando de Moisés para herdarem a terra que Deus lhes havia prometido.

Neste pequeno estudo iremos ver o desejo de Deus habitar em meio ao seu povo, onde Ele ordenou que se construísse um tabernáculo para sua habitação. Também discorreremos sobre um segundo tabernáculo, pois embora poucos saibam, existiram dois tabernáculos; o primeiro construído por Moisés obedecendo as ordenanças para isto e o segundo construído por Daví (Êxodo 39:42,43; 1Crônicas 15:1; 16:1,2).

DEUS ORDENA CONSTRUIR UM TABERNÁCULO

Israel havia saído do Egito e peregrinava pelo deserto em direção a terra prometida. No Monte Sinai, Deus chama Moisés para entregar-lhe as leis e diretrizes para o povo. Após o Senhor declarar a sua vontade na forma de estatutos e leis, Ele então pede que Moisés fale ao povo para lhe trazer uma oferta alçada, qual seria em: ouro, prata e cobre; e azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabras. Peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de acácia, azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso, pedras de ônix, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral das vestimentas dos sacerdotes (Êxodo 25:3-7).  

O QUE ERA A OFERTA ALÇADA

Na Bíblia encontramos quarenta referencias sobre oferta alçada, todas no antigo testamento, sendo que a primeira está em Êxodo 25:2 e a última em Ezequiel 20:40. O Novo Testamento em nenhum momento fala sobre oferta alçada. Analisando cada uma delas, vemos que não era uma “oferta gorda ou elevada” como alguns teólogos ensinam, mas, como o próprio texto de Êxodo 25:2 sugere, era voluntária e esta foi pedida por Deus, pela primeira vez com a finalidade exclusiva de se construir o TABERNÁCULO, pois o SENHOR estava desejoso de habitar no meio do seu povo. Entendemos pelos textos  que Oferta alçada era uma oferta separada para Deus, contudo voluntária  e para um fim específico (Êxodo 25:2,3; 35:5;21). Observamos que em lei o Senhor determinou uma oferta regular para a manutenção do santuário que consistia em siclos, cujos valores variavam de acordo com a situação (Êxodo 30:13; Levítico 5:15, Números 3:47). É uma matemática um tanto difícil de entender, mas tomo como exemplo de oferta regular a ordem para Moisés contar os hebreus. Todos os que fossem arrolados na contagem deveriam dar a metade de um siclo que equivalia a dez geras, exigidos para o santuário. Esta oferta com um valor pré-estabelecido seria para o resgate de cada vida ou expiação pelas almas e também uma forma de proteger os hebreus da praga, quando Moisés fizesse a contagem do povo (Êxodo 30:12-16).

Pela contagem que Moisés deveria fazer, todo hebreu que tivesse acima de vinte anos deveria dar uma oferta alçada, isto é separada para Deus, mas voluntária, sendo que a oferta regular exigida para o resgate não poderia ser mais para o rico e nem menos para o pobre que era meio siclo ou dez geras, pois um siclo era vinte geras (Êxodo 30:15).  

É bom salientar que a oferta alçada não era somente dos recursos financeiros, mas de mantimentos, de despojos de guerras e de animais para sacrifícios (Números 15:19; 31:26-54). Ex. Quando da consagração de Arão e seus filhos para o sacerdócio, o Senhor determinou imolar um novilho e dois carneiros (Êxodo 29:1). O novilho deveria ser imolado e sua gordura com os miúdos serem queimados sobre o altar; mas a carne, a pele e o esterco seriam totalmente queimados fora do arraial, como expiação pelo pecado. Quanto ao primeiro carneiro, este foi imolado e totalmente queimado sobre o altar como uma oferta queimada ao Senhor por cheiro suave (Êxodo 29:15-18). O segundo carneiro era o das consagrações que após ser imolado, o sangue deste foi posto nas orelhas e dedos polegares das mãos e dos pés de Arão e seus filhos e o restante do sangue foi aspergido sobre eles como santificação. Mas desse carneiro o Senhor ordenou separar o peito e o ombro direito que seria uma oferta alçada para Arão e seus filhos, enquanto que o restante do carneiro seria totalmente queimado junto com outras oferendas como sacrifício de cheiro suave ao Senhor (Êxodo 29:19-28).

Após esse rito de separação dos sacerdotes, o Senhor determinou por estatuto perpétuo que as ofertas alçadas seriam deles. Arão era um levita e somente os descendentes dele assumiriam o sacerdócio em Israel com direito a receberem a oferta alçada do Senhor, pelo tempo que estes exercessem o ministério sacerdotal em Israel, cujo ministério se encerrou com o advento do Novo Testamento por Cristo (Hebreus 9:11-15). E quanto aos demais levitas, estes auxiliariam os sacerdotes filhos de Arão. Aos levitas foi ordenado receberem os dízimos de seus irmãos hebreus e estes, após receberem os dízimos tinham a incumbência de separar os dízimos dos dízimos e dá-los aos sacerdotes como oferta alçada, por determinação do próprio Deus (Levítico 7:14: Números 18:26-29). Os sacerdotes não recebiam dízimos, mas apenas a oferta alçada deste que era o dízimo dos dízimos.

Com fim de manter o tabernáculo e posteriormente o templo com suas despesas, foi estabelecido em lei ofertas regulares que anualmente eram dadas pelos hebreus. Até para a lenha do altar era exigida uma oferta específica (Neemias 10:34). Mas a toda oferta alçada Deus não estipulou valores específicos e/ou quantidades, pois cada um dava do que tinha, voluntariamente conforme o coração do doador se movia para tal, sabendo que essa oferta alçada tinha um objetivo (Êxodo 35:21-24). Por isso vemos que aqueles que contribuíram para o tabernáculo o fizeram com motivação e alegria de maneira que foi preciso Moisés ordenar que parassem de trazer as ofertas (Êxodo 36:6). Moisés como administrador e ungido de Deus deveria muito bem guardar o restante das ofertas para outras obras, mas Deus na sua justiça ordenou ele proibir o povo de continuar ofertando além daquilo que Ele pediu.

A oferta alçada que Deus pediu também seria para pagar aqueles que iriam trabalhar na construção do tabernáculo e na confecção das demais peças que ali seriam usadas, como uma arca de madeira de acácia, que seria adornada da forma como Deus ordenara, pois nela se guardaria uma porção do maná que alimentou o povo no deserto por 40 anos; a vara de Arão que floresceu e as duas tábuas das leis escritas pelo dedo de Deus (Êxodo 25:10-16; Números 17:10; Hebreus 9:4). Essa arca contendo esses elementos representava o testemunho e a presença de Deus em meio do seu povo Israel, e que era um símbolo da presença do Espírito Santo na vida da igreja. Mas, naquela casa (tabernáculo), não era qualquer um que podia entrar, mesmo que tivesse o mais puro desejo de adorar a Deus ali. Somente aqueles a quem Deus separou poderiam ministrar e oferecer sacrifícios que eram os da tribo de Levi. Arão e seus filhos exerceriam o sacerdócio e os demais levitas os auxiliariam (Números 8:19).


O véu que nos impedia de entrar no santuário foi rasgado (Lucas 23:45; Hebreus 10:20). Paulo nos diz que a lei dos mandamentos que consistia em ordenanças e que nos afastava das promessas divinas, nos fazendo inimigos dos judeus, foi desfeita por Jesus na Cruz (Efésios 2:12-18). Jesus cumpriu a lei em nosso lugar, pagando todas as dívidas inerentes a ela (Colossenses 2:14). Em o Novo Testamento que suplantou o antigo, somos instados a contribuir voluntariamente, seguindo o mesmo principio da oferta alçada de acordo com que podemos e segundo o nosso coração se mover para isso e para uma finalidade específica (2Corintios 8:12,14; 9:7-9).

O TABERNÁCULO SE ESTABELECE EM SILÓ

"E toda a congregação dos filhos de Israel se reuniu em Siló, e ali armaram a tenda da congregação, depois que a terra lhes foi sujeita."(Josué 18:1)

O Tabernáculo como Casa de Deus era móvel, e acompanhou o povo nas peregrinações no deserto por 40 anos até estes tomarem posse da terra prometida (Josué 18:1). Quando Israel descansou na terra, o Tabernáculo se estabeleceu em Siló, cerca de 28 Km ao norte de Jerusalém. Siló passou a ser o centro religioso de adoração e peregrinação do povo de Israel. Pra lá anualmente o povo subia para adorar a Deus (1Samuel 1:3). Doravante, a Casa de Deus não mais saiu de Siló e então, aos poucos o povo de Israel foi negligenciando a adoração e começaram a perder o temor do Senhor e a entregar-se a idolatria, como foi o caso dos danitas (Juízes18:31). Deus passou a se indignar com seu povo e passou a puni-los, permitindo que os gentios os assolassem. Segundo o Talmude, o Tabernáculo descansou em Siló 369 anos (Zevachim 118b)

DEUS ABANDONA SILÓ

Porém, a situação veio mesmo a se agravar no tempo de Eli o sumo-sacerdote, cujos filhos Ofni e Finéias que também eram sacerdotes passaram a extorquir o povo e a se prostituirem às portas da tenda da congregação que era o Tabernáculo – Casa do Senhor. O sumo-sacerdote Eli não tomou nenhuma providencia quanto ao zelo que se deveria ter pela Casa do Senhor, repreendendo as más ações de seus filhos e por isso, Deus permitiu que a arca do concerto fosse levada pelos filisteus e Elí e seus dois filhos morressem num só dia (1Samuel 4:12-22).

Com a morte de Eli e seus dois filhos e o sequestro da arca da aliança pelos filisteus, Deus abandonou o tabernáculo em Siló que depois foi transportado para um monte em Gibeão, ficando ali por todo o tempo em que Saul e Daví reinaram em Israel. A arca da aliança que representava a presença de Deus no tabernáculo ficou sete meses em posse dos filisteus que depois a enviaram a Bete-Semes (1Samuel 16:14-22). De lá ela foi resgatada para Quiriate-Jearim onde ficou na casa de Abinadade por 20 anos, isto é, em todo o período que Saul reinou em Israel (1Samuel 17:1,2).

DAVÍ CONSTRÓI UM SEGUNDO TABERNÁCULO

“E introduzindo a arca do SENHOR, a puseram no seu lugar, na tenda que Davi lhe armara; e ofereceu Davi holocaustos e ofertas pacíficas perante o SENHOR”. (2Samuel 6:17).

Com a morte de Saul, Daví assumiu o trono de Israel e sua primeira ação foi trazer a arca do concerto para Jerusalém. A primeira iniciativa de Davi em trazer a Arca terminou na morte de Uzá, pois ele não atentou para a exigência de Deus que somente os levitas poderiam conduzi-la (2samuel 6:8). Davi mandou então levar a Arca à casa de Obede-Edom (2Samuel 6:10). A Arca permaneceu na casa de Obede-Edom por três meses, onde este foi abençoado por causa dela. Sabendo Davi que Deus havia abençoado Obede-Edom por causa da arca, mandou buscá-la para Jerusalém, dessa vez tomando todo o cuidado conforme a vontade de Deus. (1Crônicas 15:12,13). Em Jerusalém, Daví constrói um segundo tabernáculo para abrigar a arca, muito embora o primeiro tabernáculo que foi construído por Moisés pela ordem de Deus ainda estivesse de pé. Chama-nos a atenção que desde então, a arca não mais voltou para aquele, mas ficou no que Daví edificou em Jerusalém durante todo o seu reinado que foi 40 anos.
A ARCA HABITA EM NOVO TABERNÁCULO
Deus não mais habitaria no meio de sacrifícios de animais como era em Siló, mas no meio do louvor em Sião. Foi aí que Daví ordenou que se constituíssem cantores dentre os levitas: “E disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssem, de seus irmãos, cantores, para que com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, se fizessem ouvir, levantando a voz com alegria” (1Crônicas 15:16). Deus habita no meio dos louvores (Salmo 22:3). Daví tinha um grande desejo de servir a Deus no seu santuário, mas era impossibiltado de fazer assim por não ser levita. Apesar de ser monarca e ungido por Deus, ele não poderia entrar na tenda para adorar a Deus, pois era da tribo de Judá. Como os demais judeus o mais longe que poderia ir era ficar no pátio exterior deixar o seu sacrifício no altar que ficava na entrada do tabernáculo. Porém, no que ele mesmo construiu, todos poderiam adorar a Deus e oferecer sacrifícios de louvor que é o que fato agrada ao Senhor (Hebreus 13:14,15).

Neste tabernáculo Daví escreveu: “Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha” (Salmo 27:4,5); “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do SENHOR... Por causa da casa do SENHOR nosso Deus, buscarei o teu bem (Salmo 122:1;9). Asafe morando dentro deste tabernáculo escreveu: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos!  A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo... Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente... Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil em outra parte. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios (Salmo 84).

Mas, o que aconteceu com o primeiro Tabernáculo que foi construído por Moisés? Daví não o deixou no abandono. Vemos que após introduzir a arca do concerto na tenda que ele construiu em Sião, separou Asafe e seus irmãos levitas para ministrarem louvores continuamente perante a arca e a Obede-Edom e seus irmãos que eram 68 pessoas para guardarem este. A bíblia diz que neste dia Davi compôs o primeiro salmo para que Asafe e seus irmãos louvassem ao Senhor (1Crônicas 16:18). Este salmo é o 105.  Porém Daví não se esqueceu do primeiro tabernáculo que estava no Monte Gibeom, a este Daví ordenou que o sacerdote Zadoque e seus irmãos, também sacerdotes, juntamente com os músicos Hemã e Jedutum alí ministrassem de manhã e a tarde oferecendo holocaustos ao Senhor, pois assim estava escrito na Lei e Daví como judeu não poderia deixar de cumprir a lei do Senhor, assim como Jesus também não veio para ab-rogar a lei, mas cumpri-la (1Crônicas 16:39-42; Mateus 5:17).
Nos chama a atenção que Deus ordenou Moisés construir um tabernáculo para sua morada, contudo, aqueles que deveriam zelar por ele se corromperam e quebraram a aliança (1Samuel 4:12-22; Malaquias 2:5-9). Por isso, Ele preferiu habitar no tabernáculo que Daví construiu. O próprio Daví fala sobre isso nos versos 67,68 e 69 do Salmo 78: Além disto, recusou o tabernáculo de José, e não elegeu a tribo de Efraim. Antes elegeu a tribo de Judá; o monte Sião, que ele amava. E edificou o seu santuário como altos palácios, como a terra, que fundou para sempre”. Foi nesse monte que depois foi edificado o templo por Salomão, que foi destruído por Nabucodonozor, reerguido por Esdras, reformado por Herodes e por fim destruído no ano 70DC por Tito, imperador romano.

A MORADA DE DEUS NA NOVA ALIANÇA
"Depois disto voltarei, E reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, Levantá-lo-ei das suas ruínas, E tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, E todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, Diz o Senhor, que faz todas estas coisas "  (Atos 15 : 16,17).
O tabernáculo e o templo eram figuras e sombra de uma realidade que hoje vivemos. A promessa de restaurar o tabernáculo caído de Daví se cumpriu na salvação do povo gentio. Hoje, todos os que aceitamos ao Senhor pela fé passamos a ser o seu tabernáculo; sua morada e habitação. Deus não exige de nós o construirmos tabernáculos ou templos para lhe adorar, pois as Escrituras nos dizem: "Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono, E a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, Ou qual é o lugar do meu repouso? Porventura não fez a minha mão todas estas coisas?”  (Atos 7 : 48-50).

Tabernáculos e templo não mais existem. Deus não prometeu reerguer o tabernáculo de Moisés e nem o templo de Salomão, mas cumpriu sua promessa levantando o tabernáculo caído de Daví que somos nós Sua igreja, templo de Deus e habitação do Espírito Santo; a verdadeira CASA DO SENHOR. Deus é fiel. Aleluia!

Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo” (1Coríntios 3:16,17).

Fonte de Pesquisa: BÍBLIA SAGRADA (ACF).
Autor: Reginaldo Barbosa

Escrito em: 26 de fevereiro de 2014