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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um outro evangelho


A epístola aos Gálatas foi escrita para salvar o cristianismo do legalismo judaico. Seu assunto continua atual, pois em qualquer época há sempre o risco de alguém, ou um segmento da igreja se inclinar para o legalismo religioso.

I.          O CONCILIO DE JERUSALÉM - A luz de Atos 14.27

A igreja primitiva do primeiro século enfrentou problemas com os fariseus. Alguns cristãos de tradição judaica insistiam que todos os cristãos obedecessem a lei judaica. Os gentios deveriam ser todos circuncidados. As igrejas orientadas por Paulo e Barnabé, porém, ensinavam que o caminho da salvação era um só para todos os homens. Eles salientavam que a fé em Jesus Cristo, e não a lei judaica era o caminho para a vida eterna. Como consequência disso, houve dissensão na igreja.

No ano 49 d.C os apóstolos reuniram-se em Jerusalém para resolver um problema doutrinário, a saber: a salvação ocorre pela fé, não por obras ou pela observância da lei.

Os apóstolos tiveram muita preocupação de não permitir que as heresias, os falsos ensinos, penetrassem na Igreja. O primeiro ataque doutrinário lançado contra a igreja foi o legalismo. Alguns judeus convertidos ao cristianismo estavam instigando os novos convertidos á prática das leis judaicas, principalmente a circuncisão.

Em Antioquia havia uma igreja constituída de pessoas bem preparadas no estudo das Escrituras (At 13.1). Esses crentes perceberam a gravidade do ensino de alguns que haviam descido da Judéia e estavam ensinando certas heresias.

Os ensinamentos daquelas pessoas eram uma ameaça á Igreja. Então foi necessário constituir-se um Concílio para apreciar tais questões e tomar uma posição diante delas.

“Então, alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos. Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés” (Atos 15.1, 5, 19).

 Os judeus nunca se julgaram capazes de julgar a lei perfeitamente, mas queriam colocar um jugo sobre os discípulos, um jugo segundo Pedro que nem seus pais puderam levar, anulando a graça de Cristo.

“Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos- um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também” (At 15.10-11).

Os fariseus convertidos ao cristianismo estavam perturbando os apóstolos e os gentios novos convertidos:

“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento” (At 15.19, 24).

Devemos saber que:
·         Que nenhum rito em si tem valor espiritual; o valor está no seu significado.
·         Que é muito frequente as pessoas entusiasmarem-se por rito (prática religiosa) e serem exigentes para esse rito seja observado do mesmo modo que eles mesmos o praticam.
·         Que procurem estudar a Bíblia para obter base escriturística para combater os ritos legados do passado.
·         Que o amor de Deus reine em nossos corações, para que as divergências internas desapareçam.

II.     O PARECER DE TIAGO NESTE CONCÍLIO FOI O SEGUINTE

“Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardar” (At 15.28-29).

Mesmo que alguns desses movimentos tenham surgido com objetivos nobres, buscando a restauração espiritual da Igreja, quase sempre finda por trilhar o caminho dos desvios doutrinários. Neste ponto, cabe uma rápida apreciação de um dos textos clássicos no Novo Testamento relativo ás fontes e aos perigos dos desvios da fé, explicitado pelo apóstolo Pedro (2ª Pe 2.1-3).

Os fariseus da era apostólica estavam acrescentando algo mais no evangelho de Cristo, mas neste concílio o Espírito Santo estava presente e orientava os apóstolos para que eles pudessem entender o verdadeiro sentido da graça de Cristo e não impor nem um encargo (leis) além do que já haviam aprendido com Cristo.

A independência da igreja é respeitada. As conclusões do concílio apostólico são escritas e enviadas como mandamentos de uma hierarquia, mas como conselhos importantes. O selo do Espírito Santo adiciona peso e harmonizaria possíveis divergências.

Encontramos neste contexto a narrativa que demonstra a importância para aqueles que têm o ministério do ensino ficar atentos a certos ensinos que contrariam a fé cristã. São muitas as fontes que ameaçam a Igreja.

Em muitas epístolas do apostolo Paulo, expressa abertamente o terrível combate contra o ferrenho farisaísmo, que ainda hoje, continua sendo, talvez, o maior problema das igrejas cristãs.

Os judaizantes tentavam arrastar os novos crentes para as práticas cerimoniais judaicas como prerrogativa para uma vida justa. Se pudéssemos ser salvos e levados a uma relação correta e legitima com Deus através do cumprimento de determinadas normas e regras, por melhor que sejam então Jesus nem precisaria ter morrido por nós.

Qualquer pessoa ou religião que ignora ou nega o sacrifício de Jesus como elemento único e suficiente para a salvação não pode ser considerado cristã.

III. A ORIGEM DOS GÁLTAS

O nome Galácia deriva dos gouleses, povo que invadiu a Àsia Menor no século III a.C., também chamado de povo celta pelos escritores clássicos da antiguidade. O termo Galácia foi aplicado a esse povo por volta do sec. III a.C., foi adotado pelos gregos e romanos.

A Galácia era uma província localizada na Ásia Menor, local por onde Paulo andou para pregar o Evangelho, além da epístola, a província é citada apenas 5 vezes no NT: At 16.6, At 18.23, 1ª Co 16.1, 2ª Tm 4.10 e 1ª Pe 1.1. Provavelmente, Paulo escreveu esta epístola em Corinto entre 55 e 60 d.C.

IV. PROPÓSITO

Quando o Evangelho foi pregado aos gálatas, a igreja o recebeu com alegria e fervor (At 18.23) Tempos depois, a alegria e o fervor se esfriaram e junto a eles, veio o problema doutrinário: “falsos irmãos” disseminavam a Lei de Moisés dentro da igreja, alegando que o Evangelho de Jesus seria imperfeito. Esses judaizantes pretendiam trazer, principalmente, a circuncisão (3.11-14, 5.16).

V. ESTRUTURA DA EPÍSTOLA

A Epístola é dividida em 3 seções:
1. Paulo defende a autenticidade da mensagem que ele pregou aos gálatas (1.11-2:21).
2. Paulo fala aos que haviam sido levados a praticar o judaísmo na igreja, menosprezando assim a graça de Deus.
3. Nesta seção, Paulo exorta os crentes a fazerem um bom uso da liberdade que o Evangelho dá.

VI. GÁLATAS CAPÍTULO 1

1. O apostolado de Paulo.
“Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos” (Gl 1.1).

Este é o prefácio da defesa de seu ministério que será defendido nos capítulos 1 e 2. Havia um questionamento sobre o seu ministério ser menor que o do apóstolo Pedro. Os 12 apóstolos tiveram contato direto com Cristo, Paulo não. Porém, o Cristo que se encontrou com Paulo já estava ressurreto. Quando esteve com os discípulos, Jesus era homem e Deus, com Paulo, era somente Deus!

2. A defesa de Paulo
Paulo alega que seu ministério “não tem parte com homens” e “nem por intermédio de homens”. Com isso, ele se defende de uma acusação (1.10). É necessário que Paulo utilize da autoridade do nome de Cristo e de Deus Pai, que são formulações de fé, para combater seus os inimigos do evangelho.

É comum: “apóstolo de Jesus Cristo” ou “apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus” (1ª Co 1.1), ou “como servo de Jesus Cristo” (Fl 1.1). Sua fé está totalmente baseada no sacrifício de Jesus Cristo (1.34-), chamando a todos que entender os benefícios desse sacrifício a dar-LHE “Glória pelos séculos dos séculos”.

3. O espanto de Paulo.
Deus “chamou” os gálatas, por meio do Evangelho de Cristo para o novo estado salvício (1.6s; 5.8), para o estado da “graça de Cristo” ou de “Deus” (1.6; 2.21; 5.4). Este estado fundamenta-se unicamente na “cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (6.14). Agora, contudo, existe o perigo de que os gálatas já tivessem caído dessa graça (1.6; 5.4), pelo fato de serem seduzidos pelos judaizantes (1.7; 3.1; 5.10), terem eliminado o escândalo da cruz (5.11), crendo que o evangelho ensinado por Paulo, precisasse de um complemento (5.3; 6.12).

4. Opositores de Paulo.
1.6-9 – Paulo apresenta o motivo de sua carta: havia um grupo de irmãos que estava perturbando (1.7) o pleno entendimento do Evangelho de Cristo. Esses “falsos irmãos” eram considerados judaizantes porque defendiam que o Evangelho, para ser perfeito deveria praticado juntamente com a Lei de Moisés, ou seja, retornar ao LEGALISMO, e assim pregavam outro evangelho (1.6). Paulo tem uma clara constatação: Os gálatas ainda estavam agindo como bebês na fé, tal qual um neófito, inconstantes na fé que receberam.

O Evangelho que Paulo apresenta aos Gálatas (1.9), é o tema central apresentado na forma concreta do evangelho ensinado por Cristo Jesus.

Falsos mestres foram aos gálatas, procurando persuadi-los a rejeitar os ensinos de Paulo e aceitar “outro evangelho”. Os judaizantes, um grupo de judeu legalista da Igreja Primitiva, (que não respeitaram o concílio de Jerusalém At 15), tentavam casar a mensagem da salvação em Cristo com o contexto da Lei mosaica (Dt 4.2). Cristãos imaturos criam nos ensinos distorcidos dos judaizantes. Esses ensinos envolviam outros ensinos além da justificação pela fé. Falsos ensinos continuam sendo muito persuasivos.

5. Outro evangelho.

Paulo advertiu os gálatas que o evangelho que os pregadores estavam ensinando era “outro” (gr. allos) “um outro tipo diferente”, o verdadeiro evangelho, que vem de Deus, segundo Cristo, e não casado com a Lei.

Este evangelho diferente consistia não somente em crer em Cristo, mas também ligar-se à fé judaica mediante a circuncisão (5.2), as obras da lei (3.5) e a guarda dos dias judaicos (4.10).

Paulo, então, faz duas declarações:
A.    Ainda que um anjo venha do céu e diga algo além do que ele pregou, seja anátema (maldito).
B.     Se alguém fizer semelhante ao anjo, também seja anátema. Ou seja, ser humano ou celeste não tem supremacia sobre o que Cristo ensinou e Paulo que retransmitiu na íntegra.

A palavra “anátema” (gr. anathema) significa alguém que está sob maldição divina, condenado à destruição e que será alvo da ira divina e da condenação eterna. Aqueles que corrompem o evangelho, Paulo chama-os de “Anátema”, ou “maldito”. O fato de o apóstolo amaldiçoar duas vezes esses hereges mostra a seriedade do assunto. Estavam propagando outro evangelho, privando os cristãos da liberdade com que Jesus nos libertou, transferindo para o homem a honra e a glória que pertence exclusivamente a Deus, oferecendo a salvação por meio de recursos humanos. Eis porque Paulo foi tão contundente com esses hereges.

Malditos (“anátema”) são todos que pregam um evangelho contrário à mensagem que Paulo pregava de acordo com a revelação que Cristo lhe dera (vv. 11-12). Quem acrescenta ou tira algo do evangelho original e fundamental de Cristo e dos apóstolos, ficam sujeitos à maldição divina: “Deus tirará a sua parte do livro da vida” (Ap 22.18-19).

6. Apologia de Paulo.
1.10-17 – Paulo começa a defesa de seu ministério, apresentando a defesa de sua fé. Paulo tem certeza que o seu ministério é bem sucedido porque está totalmente fundamentado no sacrifício vicário de Jesus: Ele agrada a Deus por ser servo de Cristo (1.10).

Em 1.11-12, ele volta com o assunto dos versículos 1.8-9: O apóstolo deixa claro que ele não é um anátema. Faz-nos lembrar que seu encontro com Cristo no caminho de Damasco, At 9.2-3, foi o início de um grande período de aprendizado. Ele relembra que, como JUDEU, foi um praticante improdutivo e perseguidor da igreja (1.13).

7. Sua conduta no Judaísmo.
Ele lembra aos seus leitores a sua origem. Era praticante fervoroso do judaísmo, religião dos judeus. Era inimigo implacável de Jesus Cristo; consentiu na morte de Estevão. Perseguiu ferozmente os cristãos não só de Jerusalém, pois estava a caminho de Damasco, no enlaço dos discípulos de Jesus (At 8.1-3; 9.1-2). Assim mostra o seu zelo pelo judaísmo e a sua disposição para exterminar a igreja de Jesus Cristo. No entanto foi alcançado pela graça de Deus. Um homem radical assim, não seria transformado em outro homem com outro conceito de teologia, com outra visão de mundo, se Deus não estivesse nesse negócio. Era impossível ser essa doutrina originada no judaísmo.

Porém o diabo é astuto, como ele havia perdido o seu maior discípulo nessa guerra, passou então usar os falsos mestres para misturar o genuíno evangelho com a Lei de Moisés o qual não é diferente hoje.

8. Paulo um vaso escolhido
“Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça”. (v. 15).
Quando Jesus se revelou a Saulo disse que ele era um vaso escolhido (At 9.15). O apóstolo afirma, muitos anos depois de sua conversão, que já fora escolhido por Deus para esse ministério desde o ventre de sua mãe.
Paulo reconhece a onisciência de Deus ao separá-lo antes de nascer para a obra da salvação (1.15).

9. O mestre bíblico de Paulo.
Porque não recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo” (v.12).

Ninguém pregou para Saulo de Tarso; foi o próprio Jesus quem apareceu a ele (At 9.3-6, 15). É isso que ele quer dizer, quando diz que não recebeu e nem aprendeu de homem algum. Aqui ele faz uma demonstração da declaração feita em Gl 1.1. Ele reivindica com muito vigor e propriedade a origem divina do evangelho completo que pregava e ensinava.

10. “Não consultei nem carne e nem sangue” (v.16).
É uma referência a seu encontro pessoal com Jesus no caminho de damasco e que não procurou os apóstolos, para ser doutrinado por eles.

Nem tronei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. Depois de três anos, fui a Jerusalém para ver Pedro e fiquei com ele 15 dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor” (Gl1.17-19).

Ele foi para a Arábia por um longo tempo e daí voltou a Damasco. Paulo não estava com isso menosprezando a autoridade dos demais apóstolos; o que ele estava dizendo é que tinha a mesma autoridade deles. Ele não esteve três anos e meio com o Senhor Jesus no Seu ministério terreno, como os apóstolos em Jerusalém, mas recebeu diretamente do Senhor o seu evangelho. Ele diz: “nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos”.

Deus usou esse homem mais que qualquer um dos apóstolos (1ª Co 15.10). Sua sabedoria sua espiritualidade, seu talento, sua criatividade, seu ímpeto, seu zelo e disposição no trabalho. Somando a isso sua bagagem cultural, o extraordinário conhecimento do Antigo Testamento, com a graça de Deus e a inspiração do Espírito Santo, são a causa da sua teologia.

Como Paulo soube de tudo isso? É isso que ele explica em Gálatas 1.11-24).

Paulo sabia que os gentios eram o foco de seu ministério. Por isso ele não subiu a Jerusalém (local dos judeus). Lá já havia Pedro e outros para pregar a eles. Está intrínseco que a obra de Deus não era mais restrita aos JUDEUS que por terem a primazia, se tornaram arrogantes e totalmente irresponsáveis com a ELEIÇÃO que lhes foi concedida desde Abraão.

1.18-22 – Por ter Paulo consciência do seu ministério gentílico, só pisou em território judeu após 3 anos de ministério e lá encontrou Tiago, irmão de Jesus. O relato dos versos 18 e 19 têm Deus como testemunha. Era importante para Paulo dizer isso porque ele estava sendo um apóstolo focado e obediente. Na verdade, as igrejas da Judéia não o conheciam (1.22), mas sabiam da fama daquele homem que solicitou cartas para perseguir a igreja (At 9.1-2) e consentiu na morte de Estevão (At 8.1).

11. Paulo uma testemunha viva do poder de Deus
1.23-24 – Paulo era uma testemunha viva do poder de Deus. Sua vida pregressa foi transformada pelo poder Daquele que agora ele apregoava, sendo assim, os gálatas não poderiam duvidar do poder da Palavra que eles estavam abandonando, porque o próprio apóstolo era um testemunho vivo desse poder e assim, os que conheceram a sua história “Glorificavam a Deus” a seu respeito (1.24).


Pr. Elias Ribas
Igreja Assembléia de Deus
Blumenau - SC.
http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/11/o-outro-evangelho.html

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Que tem a palha com o trigo?




"O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o SENHOR." (Jeremias 23:28).
Jeremias foi um profeta que ministrou num período de grande apostasia no povo de Judá, quando este estava prestes a ser dominado pelo império babilônico sob o comando de Nabucodonosor. Judá havia se esquecido de Deus e cometido abominação. Os profetas que deveriam primar pela responsabilidade de transmitir a vontade de Deus a nação haviam se corrompido e profetizavam em troca de favores e status. Em suma, falavam apenas o que agradava aos ouvidos dos reis e daqueles que não tinham compromisso com a ética e a moral. Não mais denunciavam o pecado e nem alertavam o povo sobre a iminente ira divina que cairia sobre a nação, caso não se arrependessem de seus desvarios.

Jeremias manifesta o descontentamento de Deus em relação aqueles que deveriam ser seus arautos ao denunciar a corrupção e levar o povo a manter uma estreita ligação com o Criador. Tanto os profetas como os sacerdotes haviam se corrompido e, por causa de suas ações repulsivas e mensagens fabricadas, faziam o povo errar e afastarem-se do Deus vivo (Jr 23: 9-11).

Na sua infinita misericórdia, não querendo o sofrimento de seu povo e que este caísse em mãos de reis ímpios e cruéis, Deus levanta Jeremias como uma voz a alertar o povo contra seus pecados. O profeta Jeremias é o fiel retrato de muitas vozes que na atualidade tem bradado contra o erro, o comodismo, e, de certa forma a corrupção que assola parte da igreja de Cristo. Tal qual Jeremias, muitos profetas também sofrem em consequência da mensagem que pregam, por não se conformarem com a maneira como muitos crentes estão se afastando da graça divina, dando créditos a mensagens que só massageiam o ego.

O movimento néo-pentecostal surgido nas últimas décadas com mensagens nocivas de prosperidade, entre outros, influenciou um grande número de crentes e como conseqüência, tem levado parte da igreja a desviar-se da pureza da doutrina de Cristo, onde uma grande parcela tem preferido a palha em detrimento do trigo.

Sabemos que a palha também serve como alimento, mas é no trigo que se encontram as vitaminas e os nutrientes que essencialmente, durante nossa peregrinação nesta terra irão nos fortalecer para cumprirmos o propósito que Deus estabeleceu para Sua Igreja que é levar o Evangelho a todos quantos precisam ser salvos. Se o trigo chegar a ser misturado com a palha, este perderá suas propriedades e o devido valor. Contextualizando, a Palavra de Deus jamais deva ser misturada com as opiniões, idéias e tradições dos homens; ou seja; não se pode ao bel-prazer de quem quer que seja, acrescentar-lhe ou diminuir-lhe algo, pois ela em si já é completa e pura (Apoc. 22:18,19). O profeta que tem sonhos, que conte o sonho, mais não dê a estes a mesma autoridade da Palavra, pois por causa disso, muitas heresias tem surgido no meio da igreja.

O teólogo batista Ricardo Kropf em seu blog salienta que: Sem purificação, qualquer ensino na melhor das hipóteses não passa de palha, servindo apenas para engordar a ovelha, mas sem lhe dar os nutrientes necessários para firmeza de seus ossos e músculos. Palha é falso alimento. A pessoa mastiga substância que não alimenta. O trigo é o vegetal símbolo do alimento. Ele gera o pão e as massas, por exemplo. Dá substância. O que tem a palha com o trigo? O que tem a pregação vaidosa e arrogante com a Palavra de Deus? Será que tal pregação pode causar algum benefício? Deus mesmo responde: "...e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o Senhor" (Jr 23.32).

Óntem à noite preguei no culto, ensinando que é nosso dever e responsabilidade, como profeta de Deus, falar Sua Palavra com verdade, pois para isso Ele nos escolheu e não quer se decepcionar conosco, como se decepcionou com os profetas da antiga aliança no tempo de Jeremias.

Deus nos ajude a cumprir nossa missão até que Ele volte.

Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso. Provérbios 30:5-6

Reginaldo Barbosa
Santa Bárbara do Pará

sábado, 24 de novembro de 2012

Herói de Deus - Deus pode contar com você?






Esta canção de Silvan Santos é o fiel retrato de muito heróis de Deus que no decorrer da história sofreram e sofrem privações e perseguições por amor a Palavra de Deus e seu reino.



Ele já foi um Herói de Deus, guerreiro valente, Já cantou muitas vitórias.
Em nome de Jesus já fez prodígios, era um profeta destemido, é bonita a sua História.
Mesmo sendo um vaso escolhido, foi barrado, foi ferido por alguém que o calou.
Sua palavra não agradava muita gente, contra o pecado era valente Deus mandou e ele falou!
Então, se repete aquela história, mate essa profeta agora, e ele se refugiou.
Ferido ele está lá na caverna, e aqui fora alguém morre, porque o profeta alguém calou!

Deus está procurando um homem, com quem possa contar.
Deus procura uma mulher ou mesmo uma criança, pra que ele possa usar.
Sai da caverna Deus te chama, ninguém vai matar você,
Se alimente siga em frente profeta tem muita gente que precisa ouvir você.


Não entendo porque oramos tanto, pra que Deus levante vasos,
E quando Deus levanta, alguém quer tirar-lhe a vida?
Meu Deus, quantos profetas já morreram e tem muitos precisando que alguém sare suas feridas.
Hoje esta faltando vaso, está sobrando mercenário; e Deus não suporta mais.
Deus procura um homem sincero que se preciso perde a vida, mas o que Deus manda faz!
Cadê? Onde estão os sete mil, que não se corromperam, não tem medo de morrer?
Mesmo que sua cabeça role, fala a verdade doa em quem doer.


Silvan Santos



Ele já foi um Herói de Deus, guerreiro valente, Já
cantou muitas vitórias.
Em nome de Jesus já fez pródigio, era um profeta
destemido,
é bonita a sua História.
Mesmo sendo um vaso escolhido, foi barrado, foi ferido

Por alguém que o calou
Sua palavra não agradava muita gente, contra o pecado
era valente
Deus mandou e ele falou!
Então se repeti aquele história, mate essa profeta
agora, e ele se refúgio.
Ferido ele está lá na carvena
E aqui fora alguém morre, porque o profeta alguém
calou!

Deus está procurando um homem, com quem possa contar
Deus procura uma mulher ou mesmo uma criança, pra que
ele
possar usar.
Sai da caverna Deus te chama, ninguém vai matar você,
se alimente siga em frente
profeta tem muita gente que precisa ouvir você.

Não entendo porque oramos tanto, pra que Deus levante
vasos,
E quando Deus levanta, alguém quer tirar sua vida
Meu Deus quantos profetas já morreram e tem muitos
precisando que
alguém sare suas feriadas.
Hoje esta faltando vaso, está sobrando mercenário; e
Deus não suporta mais
Deus procura um homem sincero e se preciso perde a
vida, mas o que Deus
manda faz! falei
Onde esta os sete mil, que não se corromperam, não tem
medo de morrer
Mesmo que sua cabeça role, fala a verdade doa em quem
doer.

Link: http://www.vagalume.com.br/silvan-santos/profeta-de-deus.html#ixzz2D9M1LweW
Ele já foi um Herói de Deus, guerreiro valente, Já
cantou muitas vitórias.
Em nome de Jesus já fez pródigio, era um profeta
destemido,
é bonita a sua História.
Mesmo sendo um vaso escolhido, foi barrado, foi ferido

Por alguém que o calou
Sua palavra não agradava muita gente, contra o pecado
era valente
Deus mandou e ele falou!
Então se repeti aquele história, mate essa profeta
agora, e ele se refúgio.
Ferido ele está lá na carvena
E aqui fora alguém morre, porque o profeta alguém
calou!

Deus está procurando um homem, com quem possa contar
Deus procura uma mulher ou mesmo uma criança, pra que
ele
possar usar.
Sai da caverna Deus te chama, ninguém vai matar você,
se alimente siga em frente
profeta tem muita gente que precisa ouvir você.

Não entendo porque oramos tanto, pra que Deus levante
vasos,
E quando Deus levanta, alguém quer tirar sua vida
Meu Deus quantos profetas já morreram e tem muitos
precisando que
alguém sare suas feriadas.
Hoje esta faltando vaso, está sobrando mercenário; e
Deus não suporta mais
Deus procura um homem sincero e se preciso perde a
vida, mas o que Deus
manda faz! falei
Onde esta os sete mil, que não se corromperam, não tem
medo de morrer
Mesmo que sua cabeça role, fala a verdade doa em quem
doer.
Link: http://www.vagalume.com.br/silvan-santos/profeta-de-deus.html#ixzz2D9M1LweWEle já foi um Herói de Deus, guerreiro valente, Já
cantou muitas vitórias.
Em nome de Jesus já fez pródigio, era um profeta
destemido,
é bonita a sua História.
Mesmo sendo um vaso escolhido, foi barrado, foi ferido

Por alguém que o calou
Sua palavra não agradava muita gente, contra o pecado
era valente
Deus mandou e ele falou!
Então se repeti aquele história, mate essa profeta
agora, e ele se refúgio.
Ferido ele está lá na carvena
E aqui fora alguém morre, porque o profeta alguém
calou!

Deus está procurando um homem, com quem possa contar
Deus procura uma mulher ou mesmo uma criança, pra que
ele
possar usar.
Sai da caverna Deus te chama, ninguém vai matar você,
se alimente siga em frente
profeta tem muita gente que precisa ouvir você.

Não entendo porque oramos tanto, pra que Deus levante
vasos,
E quando Deus levanta, alguém quer tirar sua vida
Meu Deus quantos profetas já morreram e tem muitos
precisando que
alguém sare suas feriadas.
Hoje esta faltando vaso, está sobrando mercenário; e
Deus não suporta mais
Deus procura um homem sincero e se preciso perde a
vida, mas o que Deus
manda faz! falei
Onde esta os sete mil, que não se corromperam, não tem
medo de morrer
Mesmo que sua cabeça role, fala a verdade doa em quem
doer.
Link: http://www.vagalume.com.br/silvan-santos/profeta-de-deus.html#ixzz2D9M1LweW já foi um Herói de Deus, guerreiro valente, Já
cantou muitas vitórias.
Em nome de Jesus já fez pródigio, era um profeta
destemido,
é bonita a sua História.
Mesmo sendo um vaso escolhido, foi barrado, foi ferido

Por alguém que o calou
Sua palavra não agradava muita gente, contra o pecado
era valente
Deus mandou e ele falou!
Então se repeti aquele história, mate essa profeta
agora, e ele se refúgio.
Ferido ele está lá na carvena
E aqui fora alguém morre, porque o profeta alguém
calou!

Deus está procurando um homem, com quem possa contar
Deus procura uma mulher ou mesmo uma criança, pra que
ele
possar usar.
Sai da caverna Deus te chama, ninguém vai matar você,
se alimente siga em frente
profeta tem muita gente que precisa ouvir você.

Não entendo porque oramos tanto, pra que Deus levante
vasos,
E quando Deus levanta, alguém quer tirar sua vida
Meu Deus quantos profetas já morreram e tem muitos
precisando que
alguém sare suas feriadas.
Hoje esta faltando vaso, está sobrando mercenário; e
Deus não suporta mais
Deus procura um homem sincero e se preciso perde a
vida, mas o que Deus
manda faz! falei
Onde esta os sete mil, que não se corromperam, não tem
medo de morrer
Mesmo que sua cabeça role, fala a verdade doa em quem
doer.

Link: http://www.vagalume.com.br/silvan-santos/profeta-de-deus.html#ixzz2D9LvoJls

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Porque não acredito em alguns movimentos "Pentecostais"?


Já faz um tempo que quero postar algo sobre esse tema. Acredito que dois motivos sejam a razão para que eu escreva esse texto: 1) a preocupação com o sentimento de frustração espiritual que predominam em todos aqueles que não conhecem o suficiente do cristianismo para saber o que é certo e o que é errado e 2) a preocupante ideologia de que ser cristão é sinônimo de milagres, falar em línguas e que estar cheio do Espírito Santo significa agir de forma estranha e eufórica. Não quero ser grosseiro, indiferente ou até intolerante. Quero chamar cada cristão a uma séria reflexão. Mas quando digo reflexão não quero dizer que estou com dúvida naquilo que escrevo, mas quero afirmar que acredito firmemente no que coloquei nesse texto e que estou convidando cada um de vocês a sondar se a Bíblia não revela essa verdade e se vocês não poderiam abraçá-la a partir de hoje.

Eu não acredito em alguns movimentos pentecostais por uma razão muito simples: falta Jesus no meio deles. A minha afirmação parece ser muito exagerada, mas não é. Na verdade, trata-se da escancarada verdade de que quando o “espírito” age, milagres acontecem, curas ocorrem, pessoas falam em línguas, demônios são expulsos, crentes sapateiam, rodopiam e tantas outras coisas estranhas acontecem. Mas uma, a essencial, a principal, a urgente, passa totalmente despercebida. Já parou para pensar que Jesus geralmente é esquecido nessas reuniões?

Por que isso importa? Por uma simples questão: o alvo do cristão é ser parecido com Jesus ( Rm 8:29; 2 Co 3:18 e 1 Jo 3:2,3) e que milagres, curas e expulsar demônios não são sinais confiáveis de que as pessoas que os praticam sejam salvas. Em Mt 7:21 a 23, Jesus explica isso para nós: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que estás no céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi claramente: nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal”. Palavras assustadoras, mas são as palavras de Jesus. Ele nos ensina que devemos ser obedientes a Deus. Quem foi a pessoa mais obediente nesse planeta? Jesus. Ser parecido com ele é a garantia de uma vida transformada e uma vida que será salva. Não estou falando que você é salvo por obras, mas o que estou dizendo é que a graça salvadora opera de tal forma que somos mais e mais parecidos com Jesus a cada dia. Não se engane, se você continua do mesmo jeito só espere tragédia no futuro, não salvação.

O grande problema desses movimentos é que eles dizem que é o Espírito Santo que age no meio deles e fazem todos os milagres. Mas precisamos perguntar: será mesmo? A resposta é muito mais complicada do que parece. No entanto, eu realmente estou inclinado a pensar que esses movimentos estão cheios de muitas “supostas dádivas divinas”, mas sem o Espírito Santo. Por quê? Porque a maior evidencia de que uma igreja é cheia da terceira pessoa da trindade é a paixão arrebatadora por Jesus e cristãos sendo mais parecidos com ele. O Espírito Santo sempre aponta para Cristo. Ele sempre diz: “Não olhem para mim, olhem para Cristo”. Basta lermos Jo 16:7 a 15. Jesus diz que o Espírito Santo o “glorificará”, Jo 16:14. Quando Estêvão, cheio do Espírito, olhou para o céu, ele “viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direta de Deus”, At 7:55. Em At 16:7 o Espírito Santo é chamado de o Espírito de Jesus. Em Lucas 1, lemos que o Espírito Santo testificou a Maria, Isabel e Zacarias que aquele bebê que nasceria era (e é) Deus filho. Lc 2: 25 a 27 diz que fora revelado pelo Espírito Santo a Simão, um homem idoso e piedoso, que ele não morreria sem ver o Cristo. Mas a terceira pessoa da trindade não somente aponta, ela trabalha arduamente para que Jesus seja formado em nós. Lemos isso Em 2 Co 3:18 que diz claramente que o Espírito trabalha em nós para que, a cada dia, gradativamente, sejamos mais e mais parecidos com Jesus.

A grande tragédia é que esses movimentos se calam sobre o Herói do cristianismo e confundem a principal obra do Espírito, que é revelar Cristo a esse mundo caído. A pergunta que devemos fazer agora é: por que isso importa? Qual é a questão prática de tudo isso? 1) Esse assunto é importante, porque trata-se de defender a verdade bíblica. 2) É essencial a cada cristão honrar a obra do Espírito Santo e saber que se ele trabalha em direção de nos fazer mais parecido com Jesus (2Co3:18), porque corremos tanto para outros lados. 3) Jesus deve ser sempre supremo em nossa vida e devemos fazer dele o nosso alvo. Devemos imitá-lo. Devemos honrá-lo. Devemos adorá-lo. Devemos viver uma vida totalmente cristocêntrica. 4) Cada cristão não deve se sentir frustrado ou decepcionado porque não opera milagres, não fala em línguas ou cosia parecida. Nosso foco e nossa alegria precisam estar em sermos parecidos com Jesus, na transformação do nosso caráter e na mudança constante de vida. Nesse ponto, precisamos viver uma vida reta que é caracterizada pelo lema: arrependa-se, mude e siga adiante para Cristo.

Espero não ter ofendido ninguém e espero que, se você discordar, comente de forma saudável. Se cometi algum erro, por favor, ajudem-me a ver qual foi. Se não cometi nenhum, por que você não abraça de uma vez essa verdade e vive para glória de Deus, cheio do Espírito Santo e completamente apaixonado por Jesus Cristo?

A única vida que vale a pena ser vivida é a vida repleta da trindade em nossas vidas.

Fonte: Evangelho Urbano, via Libertos do Opressor

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Abundeis em toda boa obra


"E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; " 2 Coríntios 9:8

As pessoas muitas vezes questionam a existência de Deus por olhar as desgraças  humanas e a desigualdade social. Vemos inúmeras pessoas passando necessidades e outras tendo bens em abundância. Não entrarei profundamente nesta questão, pois já temos uma artigo aqui direcionado para isso. Porém preciso relembrar que a responsabilidade de alimentar os que não tem está sobre aqueles que tem!

Vemos no versículo acima que Paulo, orientando a igreja de Corinto, chega na questão das ofertas feitas para ajuda dos necessitados. Se lermos somente o verso supra citado podemos criar mais uma heresia da teologia da prosperidade, no entanto vemos que Deus usa o apóstolo dos gentios para fortalecer a ideia de que as pessoas são prósperas para terem a rica oportunidade de ajudar aqueles que precisam!

Olha o que diz o verso 11:

"Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus."

O grande problema é que as pessoas são abençoadas e se esquecem de onde vieram, só pensam em satisfazer seu próprio ego. O orgulho também toma conta dos corações que são dominados pela avareza, por isso a bíblia é enfática ao dizer que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (I Tm 6:10).

Deus deseja nos abençoar e satisfazer nossas necessidades e não nossos caprichos, para que através disso nós possamos demonstrar a generosidade de Deus através de nossas vidas e obras!

Deus nos abençoa para que possamos abençoar outros! Que nós venhamos abundar em toda boa obra!

Pense nisso!

Pb. Anderson da Silva

Blog Emunah

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Não quero ser mais evangélico

Por: Pr. Ariovaldo Ramos
Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho (Boas Novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante - o segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro.

Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por mão de obra especializada ou por "profissionais da fé". Voltemos à consciência de que o Caminho, a Verdade e a Vida é uma Pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa Pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro: uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter. 

Chega dessa "diabose"! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar: voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.

Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos: voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam - em profundo amor e senso de dependência: quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome 'meu', mas, o pronome 'nosso'.

Para que os títulos: "pastor", "reverendo", "bispo", "apóstolo", o que eles significam, se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo! Para que o clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao, "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei" de Mateus 18.20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes - chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!

Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao "'instruí-vos uns aos outros" (Cl 3. 16).

Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus". (Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras "todo o Evangelho ao homem... a todos os homens". Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que "acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos", sem adulterar a mensagem.


Fonte:http://pastoresdesantarita.blogspot.com.br
 Publicado em 23 de junho de 2003 no site da Rede Sepal, de autoria do Pastor Ariovaldo Ramos.

sábado, 3 de novembro de 2012

Um outro Jesus; um outro espírito, um outro evangelho!?..




"Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis."  (2Coríntios 11:4)
Saulo de Tarso, judeu, extremamente zeloso pela observância da lei, chegou ao extremo de consentir na morte do diácono Estevão. Após tal feito, sentiu-se na obrigação de exterminar aqueles que professavam a fé na pessoa de Cristo, julgando estar fazendo um grande serviço para Deus. A caminho de Damasco, onde ia com a missão de prender os servos do Senhor, eis que o Senhor se manifesta a Saulo de Tarso. Este, após ter se encontrado com Jesus é transformado no apóstolo Paulo. De perseguidor a perseguido, seu zelo agora é com a pureza do Evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16).

Paulo se tornou um grande missionário, cuja missão principal foi levar as Boas Novas de salvação a um povo que antes não era povo e que aos olhos dos judeus, cuja lei antes defendia, eram impuros, profanos e alheios às promessas (1Pedro 2:9).

Pelos lugares por onde passou, Paulo e aqueles que o assistiam, abriam portas para a entrada do reino de Deus, anunciando o Evangelho de Cristo, que é as boas novas de salvação sem as obrigações que a lei de Moisés impunha aos judeus. Paulo tinha convicção de sua chamada, que ele fora escolhido pelo próprio Senhor (1Timóteo 2:7) para o cumprimento dessa nobre tarefa, que era alcançar os gentios para fazer deles um povo especial, zeloso de boas obras (Tito 2:14).

Exímio conhecedor das Escrituras, Paulo entendeu que Cristo na sua morte cumpriu toda a exigência da lei em si, isentando a todos aqueles que pela fé recebem-no, abraçando a graça salvadora. Paulo também sabia que sua missão não seria fácil, pois o mesmo Senhor que o comissionou, antecipou o quanto deveria padecer pelo Seu Nome (Atos 9:16). Porém, a maior preocupação de Paulo não era em relação àqueles que haveriam de persegui-lo, mas dos perigos que os novos crentes correriam por causa dos falsos profetas que, conforme Jesus ensinou e também o Espírito Santo lhe revelou, se introduziriam no meio do rebanho para desvirtuá-los do caminho com a finalidade de tirarem proveito da boa fé dos irmãos (1Timóteo 6:5).

É compreensível o zelo e o cuidado de Paulo em relação àqueles que ele ganhou para Cristo, pois ele não ignorava que o adversário poderia e pode se transfigurar em anjo de luz e seus ministros em ministros de justiça, mas que por trás da máscara são falsos apóstolos e obreiros fraudulentos que se transfigurariam em apóstolos de Cristo. (2Coríntios 11:13-15).

A serviço do diabo, tais falsos profetas tendem invalidar a obra salvífica de Cristo, anunciando um outro Jesus, o qual é impotente, cujo sacrifício na cruz não foi o suficiente para salvar e libertar os homens de seus temores e pecados. Na mensagem dos falsos profetas, esse outro Jesus só tem poder para salvar mediante uma cooperação mútua entre criatura e Criador, onde próprio homem precisa fazer a sua parte, que é sacrificando-se também; onde o mesmo é ensinado a doar parte ou às vezes tudo o que possui, para que por fim possa alcançar as bênçãos prometidas e ser aceito como filho de Deus.

Os falsos profetas insinuam um outro espírito qual só se manifesta mediante linguagem ininteligível com movimentos extravagantes e escandalosos, onde aqueles que se dizem estar cheios, rodopiam, pulam, esbravejam e até praticam bizarrices, mas não mostram o fruto o qual o verdadeiro Espírito produz na vida daqueles que o recebem que é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gálatas 5:22); Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; aprovando o que é agradável ao Senhor (Efésios 5:9,10).

Os falsos profetas são especialistas em pregar um outro evangelho, o qual alienado da graça salvadora (Tito 2:11), precisa ser complementado com as obras da lei para ter validade. Obras que Cristo cumpriu em sua vida e ministério (Mateus 5:17), mas aniquilou na sua morte, cancelando assim o escrito de dívida que era contra nós nas suas ordenanças (Colossenses 2:14). Esse outro evangelho é destituído da graça, pois aquele que nele acredita tende a mistificá-lo, exumando leis e apegando-se às tradições humanas (Marcos 7:9-13). É um evangelho que não gera fé para salvação (Romanos 10:17), pois os créditos desta são imputados nos amuletos que substituem a genuína fé na Palavra de Deus, tais como: sal ungido, azeite ungido, lenço ungido, cabelo ungido e pasmem, até meia e colher de pedreiro ungidas. Enfim, todo o tipo de esquisitice que se possa imaginar.

Há inúmeras advertências exaradas na Bíblia, orientando os crentes com o fim de que estes não viessem ser reféns dessa situação ridícula, mas infelizmente, por falta de conhecimento, a maioria do povo têm sido levado ao redor por vários ventos de doutrinas (Hebreus 13:9), abraçando um outro Jesus, recebendo um outro espírito e dando crédito num outro evangelho; razão pela qual a igreja em parte sofre. Mais, no que concerne ao zelo e ao cuidado com a doutrina pura e verdadeira do Evangelho, sigamos o conselho de Paulo a Timóteo (1Timóteo 4:16) e sejamos seus imitadores, assim como ele o foi de Cristo (1Corintios 11:1)

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema."  (Gálatas 1:8).

Reginaldo Barbosa
Santa Bárbara do Pará