"Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha.
E: Digno é o obreiro do seu salário." (1Timóteo 5 : 18).
Em relação a obra de Deus que Jesus veio
realizar, Ele certa vez declarou: "E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os
obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a
sua seara." (Lucas 10 : 2).
Jesus assim falou por causa da grande necessidade de se ter homens capacitados
e vocacionados para darem continuidade a grande obra que Ele mesmo iniciou. Em
seu ministério terreno, Jesus precisou de colaboradores. Quando iniciou seu
ministério, Jesus precisou passar uma noite inteira em oração para poder
escolher aqueles que iriam lhe auxiliar (Lucas 6 : 12 – 16). Tal atitude do Mestre nos
mostra que não é fácil encontrar homens com total dedicação e desprendimento
para a obra, por isso, pediu que orássemos para Deus enviar obreiros à sua
Seara. Mas nunca na história da igreja existiram tantos obreiros como na
atualidade. Diferente dos tempos de Jesus, a coisa mais fácil nos dias de hoje
é encontrar em qualquer lugar alguém que ostenta um título eclesiástico como: padre,
pastor, apóstolo e bispo. Até “pastoras” “apóstolas” e “bispas” já se pode encontrar
por aí. Como se deu essa evolução ministerial a ponto de hoje obreiros se
atropelarem por serem tantos, onde alguns estão a aguardar na fila a
oportunidade de irem aos campos? Vamos entender isso, voltando um pouco na história.
A
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA IGREJA
Desde que aconteceu a institucionalização da
igreja por parte de Roma no sec. III, a igreja do Senhor como corpo orgânico, formado
de pedras vivas que é o verdadeiro templo e morada do Espírito Santo, perdeu o
seu devido valor e foi esquecido o motivo pelo qual Jesus a estabeleceu neste
mundo que é viver uma vida de santificação e ganhar almas e prepara-las para o
reino dos céus. Roma não apenas institucionalizou a igreja, como também criou
as diretrizes para que ela fosse regida e dominada por homens, como foi
revelado a João no Apocalipse (Apocalipse 2 : 6 ; 15). Ao mudar as regras
divinas, institucionalizando a igreja, Roma estabeleceu o sistema clerical
copiando o modelo do sistema sacerdotal levita do antigo concerto, onde Arão
era o sumo-sacerdote, sendo auxiliado pelos filhos e os demais levitas. Como o
modelo de hierarquia foi copiado do sistema levítico, Roma também estabeleceu
seus ministros e, para sustenta-los, criou o sistema de manutenção de obreiros
conforme era no antigo concerto – em dízimos e ofertas.
É bom ressaltar que no sistema levítico os
dízimos eram em mantimentos e as ofertas em animais; e em casos específicos
dinheiro para a manutenção do templo de Jerusalém que na época era a casa do
Senhor. Mas Roma, estabelecendo suas próprias regras, converteu tudo para
dinheiro na nova aliança (tanto os dízimos como as ofertas). Ao longo dos
séculos, esse modelo foi mantido e, após a reforma protestante no sec. XV, continuou
sendo praticado e defendido pelas igrejas protestantes e evangélicas. Em
relação aos ministros (obreiros), mudaram-se apenas os títulos ou as
nomenclaturas dos obreiros, mas conservou-se o mesmo sistema e ordem
hierárquica como Roma criou, assim como a manutenção dos mesmos.
Depois da reforma, essa institucionalização
abriu espaço para que novas igrejas fossem criadas de acordo com a conveniência
e o desejo das pessoas (2Timóteo 4 : 3). Aos Coríntios, Paulo
demonstrou preocupação com a possível divisão da igreja como corpo de Cristo. "Está Cristo
dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de
Paulo?" (1Coríntios 1 : 13). Mas o que Paulo tanto
temia, Roma conseguiu fazer e hoje, quase que todo dia nasce uma nova igreja
com sua nomenclatura e doutrina peculiar. Cada uma com seu regimento interno,
com regras e estatutos específicos. Porém, o mais controverso de tudo isto é
que todas reivindicam para sí o título de ser a “igreja do Senhor”, muito
embora, muitas delas sejam exclusivistas não permitindo que seus membros tenham
qualquer tipo de comunhão com membros de outras. Quando ganham um prosélito,
batizam-no para o tornarem membro e mantenedor daquela instituição (Mateus 23 : 15).
A institucionalização da igreja, também
resgatou o modelo de congregar-se em um templo como foi praticado no antigo
concerto. Templos esses que também são chamados de “casas de Deus”, ignorando o
que está escrito que Deus não habita mais em templos feitos pelas mãos dos
homens (Atos
7 : 48 ; 17 : 24). Assim, tal doutrina exige que sejam separados
homens para oficiarem nestas “casas de Deus”. Alguns fundadores de igrejas institucionais
se auto intitulam pastores, apóstolos, bispos, etc. Mas outras mais “organizadas”
criaram suas convenções particulares, elegendo seus “presidentes” e dando
autonomia a estes para escolher e separar seus obreiros; tirando assim o
privilégio da igreja de fazer isso como foi no principio. A igreja como coluna
e apoio da verdade deixou de tomar as decisões, desde que Roma a
institucionalizou. Hoje, são os conclaves e as convenções que detém esse poder.
Com toda essa confusão formada, cada obreiro
que é separado se acha no direito de abandonar seu emprego para viver
“exclusivamente da obra” como eram os levitas da antiga a aliança. E esse viver
da obra, significa que a igreja tem a obrigação de pagar pelos honorários de
obreiro. Ignoram que o maior pregador, missionário e apóstolo dos gentios que
foi um imitador de Cristo, muito ensinou sobre a nobreza do trabalho para não
onerar a noiva do Cordeiro (Atos 20 : 34 ; 1Tessalonicenses 4 : 11 ; 2Tessalonicenses
3 : 10). Por causa deste modelo implantado na igreja, tem suscitado
no meio da igreja o seguinte questionamento: Deve o obreiro receber o sustento
da igreja?
Sim, o obreiro precisa ser sustentado pela
igreja, pois assim a bíblia ensina. Contudo, é preciso saber qual tipo de
obreiro é digno dessa bênção.
O
EXEMPLO DE PAULO
Como já foi falado, Paulo foi o maior
pregador depois de Jesus. Ele e os companheiros que escolheu para realizarem a
obra de Deus evangelizaram toda a Ásia Menor e a Europa, onde plantaram o
evangelho. Paulo foi escolhido pelo próprio Senhor para o apóstolo dos gentios
(Gálatas 1 :
15 ; 1Coríntios 15 : 8). Ele fez jus a sua chamada missionária e
levou a Palavra do Senhor aos lugares mais difíceis e hostis, com perigo até da
própria vida (Atos
20 : 24). Mas em momento algum, Paulo deixou transparecer que sua
posição como ministro do evangelho, dava-lhe o direito de ser sustentado pela
igreja, vivendo daquilo que hoje chamam de dízimos e ofertas, como muitos
obreiros entendem atualmente. Em muitas das cartas dirigidas às igrejas que Paulo
plantou com seus companheiros, ele exortou os irmãos a valorizarem o trabalho e
ainda a notarem aqueles que queriam viver de outra maneira. O trabalho digno
foi ensinado por Paulo como uma tradição a ser seguida, onde ele mesmo deu o
grande exemplo, para que fosse imitado (Atos 20 : 34 , 35 ; 2Tessalonicenses 3 : 6 – 12).
Porém, Paulo enfrentou dura oposição a seu
ministério apostólico e um dos grandes problemas que Paulo enfrentou nas
igrejas gentias, foi quanto a questão dos judaizantes que, ainda presos as
tradições judaicas, queriam descaracterizar Paulo como apóstolo, por este não
usufruir da igreja o direito que os levitas recebiam dos hebreus pelo serviço
que executavam no santuário. Paulo era um conhecedor da lei, mas também a ele
foi revelado o evangelho da graça salvadora que age na vida dos homens
diferente do conceito da lei. Paulo sabia que nenhum obreiro da nova aliança
deve exigir sustento da igreja nos moldes do sistema levítico, mas os
judaizantes queriam forçá-lo a isso, para que e também eles pudessem ter uma
justificativa para explorar a igreja na ausência de Paulo. Por isso acusavam
Paulo de não ser apóstolo ou de ser um falso obreiro (1Corintios 9 : 1). Por isso,
Paulo se vê no dever de explicar aos crentes de Corinto, como era o sustento do
ministro na lei e como deve ser no atual tempo da graça.
“Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que
é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do
altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1Corintios 9 : 13 , 14).
“Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo?.." Aqui Paulo está falando dos levitas (filhos de Levi) que eram os auxiliares dos sacerdotes e a quem Deus deu por herança todos os dízimos em Israel (Números 18 : 21). E dízimo não era dinheiro, mas comida (mantimento). E essa comida que era a décima parte da colheita e dos rebanhos era sagrada, isto é, separada para os levitas por que não receberam herança na terra para tirar seu próprio alimento. Então, os levitas comiam dos dízimos que eram levados ao templo como MANTIMENTO (Malaquias 3 : 10). "E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?..". Já aqui Paulo está se referindo aos sacerdotes que comiam partes das ofertas que se levavam sobre o altar. Ofertas que também não eram dinheiro, mas animais para serem imolados no lugar do ofertante que obrigatoriamente tinha de levá-las no altar para que seus pecados fossem cobertos.
"Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1Corintios 9 : 13 , 14). Aqui Paulo alude ao que ensinou Jesus quando em missão enviou os doze apóstolos (Mateus 10 : 5 - 10), e depois setenta (Lucas 10 : 3 - 7). Seguindo o mesmo principio do ministro na antiga aliança, Jesus fala do sala´rio do obreiro que é a comida que lhes é fornecida quando em missão, pois ministério cristão não profissão.
Mas muitos ministros utilizam esse escrito de Paulo para defenderem o direito do sustento da igreja em valores monetários, alegando que Paulo assim ensinou. Ora, Paulo em momento algum está ensinando isso e nem tampouco ordenando a igreja a seguir os ritos da lei. Seria uma grande contradição da parte dele, uma vez que ele mesmo ensinou que a lição do antigo testamento foi por Cristo abolida (2Corintios 3 : 14). Na defesa perante aqueles que o acusavam, Paulo usa a lição de como o ministro era sustentado na lei. “Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?” (1Corintios 9 : 13).
“Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo?.." Aqui Paulo está falando dos levitas (filhos de Levi) que eram os auxiliares dos sacerdotes e a quem Deus deu por herança todos os dízimos em Israel (Números 18 : 21). E dízimo não era dinheiro, mas comida (mantimento). E essa comida que era a décima parte da colheita e dos rebanhos era sagrada, isto é, separada para os levitas por que não receberam herança na terra para tirar seu próprio alimento. Então, os levitas comiam dos dízimos que eram levados ao templo como MANTIMENTO (Malaquias 3 : 10). "E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?..". Já aqui Paulo está se referindo aos sacerdotes que comiam partes das ofertas que se levavam sobre o altar. Ofertas que também não eram dinheiro, mas animais para serem imolados no lugar do ofertante que obrigatoriamente tinha de levá-las no altar para que seus pecados fossem cobertos.
"Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1Corintios 9 : 13 , 14). Aqui Paulo alude ao que ensinou Jesus quando em missão enviou os doze apóstolos (Mateus 10 : 5 - 10), e depois setenta (Lucas 10 : 3 - 7). Seguindo o mesmo principio do ministro na antiga aliança, Jesus fala do sala´rio do obreiro que é a comida que lhes é fornecida quando em missão, pois ministério cristão não profissão.
Mas muitos ministros utilizam esse escrito de Paulo para defenderem o direito do sustento da igreja em valores monetários, alegando que Paulo assim ensinou. Ora, Paulo em momento algum está ensinando isso e nem tampouco ordenando a igreja a seguir os ritos da lei. Seria uma grande contradição da parte dele, uma vez que ele mesmo ensinou que a lição do antigo testamento foi por Cristo abolida (2Corintios 3 : 14). Na defesa perante aqueles que o acusavam, Paulo usa a lição de como o ministro era sustentado na lei. “Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?” (1Corintios 9 : 13).
Mas na graça, não existe mais templo e nem
altar. O templo de Deus hoje é o nosso corpo (1Corintios 3 : 16 ; Hebreus 3 : 6);
o altar é a nossa própria vida, onde oferecemos a Deus nossos corpos como
sacrifício vivo que é o nosso culto
racional (Romanos
12 : 1). Mas ninguém; nem sacerdote, levita ou quem quer que seja
tem o direito de exigir sustento desse templo vivo: “Temos um altar, de que não têm direito de
comer os que servem ao tabernáculo." (Hebreus 13 : 10). O Ministro do
evangelho da graça em hipótese alguma deva cobrar para fazer a obra, mas dar de
graça o que de graça recebeu (Mateus 10 : 8). O que Jesus ensinou aqui foi o
que Paulo também ensinou aos Coríntios: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho,
que vivam do evangelho” (1Corintios 9 : 14).
Viver do evangelho não significa receber salário para pregar as boas novas,
visto que este é um privilégio de todos aqueles que aceitam o Salvador. Logo,
todos os crentes que pregam o evangelho (inclusive eu) poderiam também cobrar da
igreja esse direito e assim impor um grande impedimento ao evangelho. Paulo e seus companheiros se guardaram disso: "Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo." (1Coríntios 9 : 12).
Contudo, aquele que voluntariamente sair para levar o
evangelho a outros lugares, deva se contentar com aquilo que aquele que for
alcançado pela palavra sentir de abençoá-lo, não como pagamento, mas como um
reconhecimento pelo serviço prestado quando em missão fazendo a obra do Senhor.
Foi isso que Paulo ensinou, mas que muitos torcem como Pedro já havia
profetizado: “E
tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado
irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto,
como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender,
que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para
sua própria perdição” (2Pedro 3 ; 15 , 16).
Mas Paulo não recebeu salário da igreja? "Outras
igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava
presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado." (2Coríntios 11 :
8). A ajuda que Paulo recebeu das igrejas, como ele bem diz neste
texto, foi quando esteve encarcerado e impossibilitado de trabalhar, pois, “quando estava
presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado”.
O RECONHECIMENTO DA IGREJA PARA COM SEUS
OBREIROS
"E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre
vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; E que os tenhais em
grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós" (1Tessalonicenses 5 : 12 , 13).
Assim como as igrejas que Paulo plantou com
seus companheiros reconheciam o labor de seus obreiros, deve também a igreja
atual fazer o mesmo. Porém, é necessário reconhecer qual o obreiro é digno
dessa graça. Jesus edificou Sua igreja e a ela concedeu dons ministeriais para
sua edificação: “E
ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”
(Efésios 4 :
11 , 12). Dons esses que hoje muitos confundem como profissão digna
de se receber salários. Mas não foi esse o propósito de Deus ao colocar esses
dons na igreja? Absolutamente não! A igreja no principio era governada pelos
apóstolos que tinham a responsabilidade de guiar a igreja na sã doutrina (Atos 2 : 42).
Os apóstolos cuidavam de todos os problemas das igrejas, administrando
inclusive as doações dos irmãos, repartindo essas bênçãos segundo a necessidade
dos irmãos (Atos
4 ; 34 - 37). Aos Coríntios Paulo mostra que os apóstolos foram
colocados na igreja como primazia: "E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em
segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de
curar, socorros, governos, variedades de línguas." (1Coríntios 12 :
28). Com o passar do tempo e a expansão da igreja fora dos limites
de Jerusalém, esta responsabilidade foi atribuída aos presbíteros.
QUEM
ERAM OS PRESBÍTEROS?
Presbítero do grego presbyteros que é: “ancião, aquele que apascenta”. Os presbíteros
eram homens de idade madura, experientes e idôneos. Eram os anciãos na igreja a
quem foi atribuída a responsabilidade de apascentar o rebanho de Deus. Os
presbíteros são homens que pela idade e experiência episcopal iniciaram a
carreira ministerial servindo como pastor e bispo: "Olhai, pois, por vós, e por todo o
rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a
igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." (Atos 20 : 28).
Mas, as convenções atuais de ministros evangélicos colocaram a figura do
presbítero como um mero auxiliar do pastor, dando margem para se “consagrarem”
presbíteros com qualquer idade e sem levar em conta as qualificações necessárias
(1Timóteo 3
: 1 – 7). Porém, perante Deus, é o presbítero (ancião) que tem a
autoridade para cuidar do seu rebanho. A eles é exigido o devido respeito e
reconhecimento: "Os
presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra,
principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; Porque diz a
Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu
salário”. (1Timóteo 5 : 17 , 18). Nesse particular alguns
que não são presbíteros, mas recebem salário da igreja, tentam se justificar
dizendo que presbítero e pastor são posições ministeriais sinônimas, mas não é.
Pedro era apóstolo, mas na sua idade
avançada se reconhecia presbítero e aconselhava de igual modo àqueles que
deveriam cuidar do rebanho de Deus. “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou
também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante
da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre
vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe
ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus,
mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pedro 5 : 1 – 3).
Paulo enviou Tito a Creta para lá estabelecer
presbíteros nas igrejas: "Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em
boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses
presbíteros, como já te mandei:" (Tito 1 : 5). O presbítero é o anjo da igreja, com
autoridade comparada ao sacerdote do antigo concerto (Êxodo 22 : 28). Por isso,
qualquer acusação contra ele só pode ser aceita com mais de duas testemunhas: "Não aceites
acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas."
(1Timóteo 5
: 19). Somente os presbíteros poderiam ungir os enfermos: "Está alguém
entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o
com azeite em nome do Senhor;" (Tiago 5 : 14).
CONCLUSÃO
Os presbíteros são os únicos credenciados a
receberem ajuda da igreja. Pela idade e experiência ministerial eles são
pastores e bispos também. Eles são os pastores citados em Hebreus 13 : 7 e 17. Sendo
os presbíteros anciãos e impossibilitados de trabalharem como Paulo e seus
companheiros faziam; tendo eles agora o tempo necessário para dedicarem-se a
igreja, doutrinando e alimentando com a Palavra a eleita do Senhor, é mais que
justo que esta reconheça o seu trabalho, como Paulo aconselhou a igreja da Galácia:
"E o que é
instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o
instrui." (Gálatas 6 : 6). "E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os
que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos
admoestam;" (1Tessalonicenses 5 : 12).
Reginaldo Barbosa
Santa Bárbara do Pará