O
maior legado que deixamos para os nossos filhos não é a nossa herança
material, tampouco o nosso bom nome. Nosso maior legado é a herança
espiritual que deixamos a eles, para andarem no caminho do Senhor.
Quando
Davi estava em seu leito de morte, disse a seu filho: "E você, meu
filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-o de todo o coração e
espontaneamente, pois o Senhor sonda todos os corações e conhece a
motivação dos pensamentos. Se você o buscar, o encontrará, mas, se você o
abandonar, ele o rejeitará para sempre." (1 Crônicas 28:9).
Deus
estabeleceu os pais como autoridades sobre os filhos. E isto ocorre de
várias formas. Como pais, nós representamos Deus perante os nossos
filhos. A história que eu conto muitas vezes sobre um menino, ilustra
bem isso. O menino estava assustado numa noite de tempestade muito
forte. Ele ligou para seu pai no quarto ao lado e disse: - "Papai, estou
com medo." O pai então respondeu: - "Filho, não se assuste. Deus está
com você." O menino parou por um momento e disse: - "Eu sei disso, mas
agora eu quero alguém de carne e osso."
Pais
são, sob muitos aspectos, Deus em carne e osso para os filhos. É claro
que isso não é literal, mas serve para demonstrar que os pais são os
representantes de Deus para as crianças.
Considere
isto: muitas das atitudes que uma criança irá desenvolver a respeito de
Deus serão baseadas no relacionamento que tiveram com seus pais. Não
quero assustá-los como pais, mas alerto para a responsabilidade de
termos uma influência divina sobre os nossos filhos. Quando os filhos
vêem seus pais contradizendo aquilo que eles mesmos já sabem que é a
verdade, um grande estrago pode estar sendo feito.
Infelizmente,
muitas crianças não honram seus pais, simplesmente porque eles não são
muito dignos de honra. Muitos adultos, às vezes, não amadurecem o
suficiente e abandonam suas responsabilidades domésticas para
perseguirem seus próprios interesses.
Como diz Andrew Murray: "O segredo do lar é o exemplo: devemos ser nós próprios aquilo que queremos que nossos filhos sejam".
Nossos
filhos devem ver o Evangelho vivido no dia-a-dia e não apenas pregado.
Não devemos ser testemunhas apenas para o mundo, mas também para nossas
próprias casas. Crianças prestam atenção naquilo que realmente importa
para nós e em como vivemos o cristianismo em nosso dia-a-dia.
Você é um exemplo. A pergunta é: um exemplo bom ou um mau exemplo?
Há
uma passagem bíblica sobre essa responsabilidade dos pais
(frequentemente citada quando algum filho se sai mal) em Provérbios 22:6
que diz: "Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela,
e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles."
Esta
frase, "segundo os objetivos que você tem para ela", poderia também ser
traduzida "em sua tendência." A Bíblia Amplificada traduz desta forma:
"Ensina a criança no caminho em que deve andar (e de acordo com seu dom
individual ou tendência), e até quando for velha não se desviará dele."
Vemos
neste contexto que cada criança é diferente. Espero que possamos nos
dar conta disso, como pais. Cada criança tem uma personalidade única e
distinta. Da mesma forma como não há dois flocos de neve exatamente
iguais, assim são as crianças.
É
por isso que precisamos observar nossos filhos, prestar atenção neles,
para então educá-los de acordo com suas individualidades.
Isso
não significa que devemos nos afastar dos princípios bíblicos. Apenas
devemos adaptá-los a cada criança. Por exemplo: palavras duras mantém
algumas crianças na linha, enquanto outras precisam de uma abordagem
diferente.
O
que quero dizer é que precisamos reconhecer os atributos únicos
daqueles pequeninos que Deus colocou sob os nossos cuidados. Devemos dar
o nosso melhor para mostrar-lhes a direção certa e treiná-los no
caminho do Senhor.
Quantas
vezes pensamos: -"Estou ocupado demais para perder tempo com crianças!"
Cuidado: o tempo passa muito rápido. Valorize cada momento com seus
filhos, e não os negligencie. Expresse seu amor por eles. Saber que
nossos filhos caminham com o Senhor é a nossa grande esperança. Mas
precisamos lembrar que elas não nos pertencem, mas sim a Deus. Nossa
responsabilidade é conduzi-los para Ele.
Fonte: Devocionais Diários
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