"Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis." (2Coríntios 11:4)
Saulo
de Tarso, judeu, extremamente zeloso pela observância da lei, chegou ao extremo
de consentir na morte do diácono Estevão. Após tal feito, sentiu-se na
obrigação de exterminar aqueles que professavam a fé na pessoa de Cristo,
julgando estar fazendo um grande serviço para Deus. A caminho de Damasco, onde
ia com a missão de prender os servos do Senhor, eis que o Senhor se manifesta a
Saulo de Tarso. Este, após ter se encontrado com Jesus é transformado no
apóstolo Paulo. De perseguidor a perseguido, seu zelo agora é com a pureza do
Evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos
1:16).
Paulo
se tornou um grande missionário, cuja missão principal foi levar as Boas Novas
de salvação a um povo que antes não era povo e que aos olhos dos judeus, cuja
lei antes defendia, eram impuros, profanos e alheios às promessas (1Pedro 2:9).
Pelos
lugares por onde passou, Paulo e aqueles que o assistiam, abriam portas para
a entrada do reino de Deus, anunciando o Evangelho de Cristo, que é as boas novas
de salvação sem as obrigações que a lei de Moisés impunha aos judeus. Paulo
tinha convicção de sua chamada, que ele fora escolhido pelo próprio Senhor (1Timóteo 2:7) para
o cumprimento dessa nobre tarefa, que era alcançar os gentios para fazer deles
um povo especial, zeloso de boas obras (Tito 2:14).
Exímio
conhecedor das Escrituras, Paulo entendeu que Cristo na sua morte cumpriu toda
a exigência da lei em si, isentando a todos aqueles que pela fé recebem-no,
abraçando a graça salvadora. Paulo também sabia que sua missão não seria fácil,
pois o mesmo Senhor que o comissionou, antecipou o quanto deveria padecer pelo Seu Nome
(Atos 9:16). Porém, a maior preocupação de Paulo não era em relação àqueles que
haveriam de persegui-lo, mas dos perigos que os novos crentes correriam por causa dos
falsos profetas que, conforme Jesus ensinou e também o Espírito Santo lhe
revelou, se introduziriam no meio do rebanho para desvirtuá-los do caminho com a finalidade de tirarem proveito da boa fé dos irmãos (1Timóteo 6:5).
É
compreensível o zelo e o cuidado de Paulo em relação àqueles que ele ganhou
para Cristo, pois ele não ignorava que o adversário poderia e pode se
transfigurar em anjo de luz e seus ministros em ministros de justiça, mas que
por trás da máscara são falsos apóstolos e obreiros fraudulentos que se
transfigurariam em apóstolos de Cristo. (2Coríntios 11:13-15).
A
serviço do diabo, tais falsos profetas tendem invalidar a obra salvífica de
Cristo, anunciando um outro Jesus, o qual é impotente,
cujo sacrifício na cruz não foi o suficiente para salvar e libertar os homens
de seus temores e pecados. Na mensagem dos falsos profetas, esse outro
Jesus só tem poder para salvar mediante uma cooperação mútua entre
criatura e Criador, onde próprio homem precisa fazer a sua parte,
que é sacrificando-se também; onde o mesmo é ensinado a doar parte ou às vezes tudo o que possui,
para que por fim possa alcançar as bênçãos prometidas e ser aceito como filho
de Deus.
Os
falsos profetas insinuam um outro espírito qual só se manifesta
mediante linguagem ininteligível com movimentos extravagantes e escandalosos,
onde aqueles que se dizem estar cheios, rodopiam, pulam, esbravejam e até praticam
bizarrices, mas não mostram o fruto o qual o verdadeiro Espírito produz na vida
daqueles que o recebem que é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gálatas
5:22); Porque o fruto do
Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; aprovando o que é
agradável ao Senhor (Efésios 5:9,10).
Os
falsos profetas são especialistas em pregar um outro evangelho, o qual
alienado da graça salvadora (Tito 2:11), precisa ser complementado com as obras
da lei para ter validade. Obras que Cristo cumpriu em sua vida e ministério (Mateus 5:17), mas
aniquilou na sua morte, cancelando assim o escrito de dívida que era contra nós nas
suas ordenanças (Colossenses 2:14). Esse outro evangelho é destituído da
graça, pois aquele que nele acredita tende a mistificá-lo, exumando leis e
apegando-se às tradições humanas (Marcos 7:9-13). É um evangelho que não gera
fé para salvação (Romanos 10:17), pois os créditos desta são imputados nos
amuletos que substituem a genuína fé na Palavra de Deus, tais como: sal ungido,
azeite ungido, lenço ungido, cabelo ungido e pasmem, até meia e colher de
pedreiro ungidas. Enfim, todo o tipo de esquisitice que se possa imaginar.
Há inúmeras advertências exaradas na Bíblia, orientando os crentes com o fim de
que estes não viessem ser reféns dessa situação ridícula, mas infelizmente, por falta de
conhecimento, a maioria do povo têm sido levado ao redor por vários ventos de
doutrinas (Hebreus 13:9), abraçando um outro Jesus, recebendo um outro
espírito e dando crédito num outro evangelho; razão pela qual a
igreja em parte sofre. Mais, no que concerne ao zelo e ao cuidado com a doutrina pura e
verdadeira do Evangelho, sigamos o conselho de Paulo a Timóteo (1Timóteo 4:16)
e sejamos seus imitadores, assim como ele o foi de Cristo (1Corintios 11:1)
"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo
do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja
anátema." (Gálatas 1:8).
Reginaldo Barbosa
Santa Bárbara do Pará
Parabéns irmão Reginaldo pela postagem
ResponderExcluir-O apóstolo Paulo tinha razão em escrever aos irmãos de coríntios, “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis." Veja o que o apóstolo diz em: (Gálatas 1:6-7); Estou assombrado de que tão brevemente tenhais passado daquele que vos chamou na graça de cristo para outro evangelho; ainda que não haja outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de cristo. O apóstolo via pelo olho da fé a serpente se disfarçando de pregador, aos qual a igreja sem a visão espiritual aceita sem discussão sem recomendação, sem investigação e sem criva-los. E isto não assustou o apóstolo, pois ele sabia como opera o poder das trevas. E hoje em dia, vemos o cumprimento desta profecia, no qual inúmeras pessoas optam por movimentos, e desprezam o ensinamento puro e simplicidade da palavra de Deus, dando ouvido a homens de mente corrompida, que estão privados da verdade, que supõem que a piedade é o caminho do lucro. Veja a recomendação de do apóstolo para nós. Dos quais deveis apartar.